Jim e Ben revezavam para carregar a cesta. Ben nem havia falado com ele que tinha saído, assim como Jim também o informou. Ambos se encontraram na floresta, como no dia em que se conheceram. Jim estava fugindo de Snow, que o seguia quando esbarrou em Ben carregando a cesta pesada, indo em direção à casa da avó.
Ambos avistaram da casa senhora quando o céu estava azul bem escuro e cheio de estrelas. A casa estava com as luzes acesas e a floreta muito silenciosa. Subiram a escada e bateram na porta. Não demorou para uma mulher idosa de cabelos pretos, olhos verdes como os de Ben, de pele escura abrir a porta. Pediu gentilmente para os dois entrar, pois estava muito frio.
A velha abraçou Ben e cumprimentou Jim. Falou para os dois se aconchegarem, pois, só sairiam dali no dia seguinte quando amanhecer, ou se alguém bater na porta ferido ou precisando e aquecer.
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Kaya andava pisando com força a neve, segurando a cesta pesada em uma mão, na outra uma lanterna e o coração batendo acelerado no peito.
O céu já estava negro com os pontos brilhantes; e ela seguia pela trilha quase sem enxerga-la. A pequena lanterna iluminava o chão coberto pela neve, mas não era o suficiente para ela não ser quase engolida pela escuridão conforme seguía mais a dentro na mata.
Parou um pouco para descansar o braço que doía por carregar a cesta pesada. Olhou ao redor com esperança de ver ou ouvir algo, mas nada, tudo estava no mais perfeito silêncio, parecia que nem mesmo as corujas se atreviam a soltar um pio naquele início de noite fria.
Voltou a pegar a cesta, a tempo de ver um fino filete de um líquido escuro passar ao lado de seus pés. Apontou a lanterna e viu que o líquido escuro era vermelho, apontou a luz da lanterna na direção que o líquido vinha, e, viu um pequeno lobo de pelos pretos comendo uma coruja.
Desviou o olhar e a lanterna da cena e tornou a caminhar; rezava para Ben já ter chegado e está bem na casa da avó, seguro e totalmente a salvo.
A garota parou mais uma vez, quando ouviu o som de passos e achou ter visto algo entre as árvores, mas nada se aproximou de onde ela estava. Olhou mais uma vez. E não viu nenhum brilho entre as árvores.
Tudo estava mais uma vez estava em um completo silêncio e cada vez mais escuro.
Era assustador e agonizante estar no escuro, principalmente sozinha na área da mata mais densa.
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Jackson sábia que havia assustado o seu pai e Jonathan, mas, ele sabia muito bem que ele era o melhor em procurar Jim na floresta. Para falar a verdade, Jackson era o único apto o suficiente para achar Jim onde quer quê ele se escondesse em Dixton.
Ao contrário de Kaya que, interrompeu o sei treinamento, Jackson permaneceu, até o fim quando completou 16 anos, e, soube o porque de toda aquela preparação.
Jackson parou de andar quando viu algo brilhar entre os troncos das árvores, como fosse alguém com uma lanterna, tentou procurar, mas, conforme tudo escurecida, tudo ficava ainda mais escuro e a luz da lanterna se tornava incapaz, de iluminar até mesmo os seus pés.
Continuou andando, algo dentro de si dizia para seguir aquele caminho, talvez encontrasse algo ali, ou não, mas ele seguiu, mesmo que sentisse uma outra sensação, uma se sensação esquisita.
◆
A porta da casa dos Choi foi aberta por um garotinho de cabelos pretos e o rosto inchado pelo sono. Kunpimook estranhou, pois Youngjae era o filho mais novo dos Choi, então, quem seria aquele pirralho?
- Entra! O chato já está vinho, a tia está na vizinha e o tio foi para a caça. E os outros você sabe né? - o menino disse e Kunpimook assentiu.
- Qual é o seu nome? - Entrou na casa não reparando na decoração, mas na cara de tédio e inchada do garoto.
- Yugyeom. Sou primo do Youngjae. - O garoto respondeu fechando a porta e Youngjae apareceu vindo de um corredor. A sala de estar dos Choi era basicamente madeira e muitos porta retratos.
- Você abriu a porta? - questionou o menino que assentiu. - Milagre! - Youngjae olhou para Kunpimook que o olhava com estranheza. - O que foi?
- Esse colar é do Jaebum? - a pergunta fez Youngjae ficar extremamente vermelho. Ele vestia um suéter bege e havia esquecido de guardar o colar dentro de seu suéter.
- Esse cara viu o Jae pelado. - Yugyeom falou olhando para algo que passava na TV sem o volume ligado.
- Cala a boca, Yugyeom! - Youngjae quase gritou e se possível, ficou mais vermelho. - Vamos subir, preçi...
- Vocês vão falar da aurora vermelha? - o menino perguntou ainda olhando para a TV que passava algum programa de variedade. Tanto Youngjae como Kunpimook arregalaram os olhos. - Ouvi o tio falando com um tal de William Cox, sobre uma tal lenda.
- A lenda da cidade? - Kunpimook resmungou.
- Não, é uma espécie de presságio, que pode estar certo ou errado. - O garoto bocejou ainda olhando para a TV sem som.
- Por que ouviu a conversa alheia? - Youngjae queria repreender o primo, mas a voz saiu fraca de mais para uma repreensão.
- Porque estou aqui há duas semanas e já sei de muitas coisas, principalmente de ouvir conversas, na maioria sem querer.
- É melhor você contar tudo o que sabe. E rápido! - Youngjae desligou a TV conseguindo a atenção do primo.
Kunpimook ainda se perguntava o por que do menino assistir TV sem o som.
◆
Jackson já estava cansado de andar, já estava cansado de não ver nada além de pura escuridão. Ele não havia visto outra vez o ponto brilhante, não havia nem se quer ouvido o pio de alguma coruja.
Estava tudo muito quieto... quieto de mais.
Não via em lugar algum sinal de Jim ter passado por ali, na verdade ele não via sinal de que alguém tenha passado por ali nas últimas vinte quatro horas.
A sensação se algo estranho estava para acontecer não o abandonava.
Parou de andar quando ouviu algo estranho. Aprecia o som de um galho seco se quebrando, mas voltou a andar, e ouviu outro som de estalo e prestou mais atenção no barulho e ele se repetiu. E parecia mais com estalos de balas vindo de uma TV.
Andou mais até ver a casa de madeira com todas as luzes acesas. Correu até lá e bateu na porta.
Não demorou em ouvir o volume da TV abaixar, vozes baixas e o som de passos. A porta se abriu e revelou uma senhora de olhos muito verdes e cabelos brancos.
A avó de Kaya.
- Jackson! - ela exclamou surpresa.
E antes que pudesse perguntar de seu irmão, Jim apareceu e Jackson se sentiu aliviado.
Mas o seu sentimento de alívio no silêncio terrível da noite foi cortado por um uivo.
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Olá... falta dois capítulos para o fim da fase um... Espero que gostem deles...
Oh o Yugyeom apareceu, pequeno, mas apareceu hehe... Eu espero que vocês tenham prestado atenção nas falas do Yug sobre ouvir conversas e uma lenda que é mais um presságio...
Eu espero que estejam gostando...
Até o próximo capitulo....
Se tiverem duvidas, podem perguntar. :)
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Aurora 》Got7《
FantasíaAs lendas são reais. Acredite nelas e cuidado com as mesmas. Parte I e II Jackson Wang e Kaya Cox tem uma grande rivalidade, mas ninguém sabe a origem de tanto ódio que ambos compartilham, apenas que da noite para o dia um começou a atacar o outro...