》quarenta《

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Ao longe podia se ouvir o som de alguns gritos vitoriosos de alguns homens ao atirarem em um animal, agradecendo por não ser um corpo humano. Estava escuro, e naquela noite a lua não havia aparecido. A floresta estava tomada pelo breu e as suas árvores altas pareciam terrivelmente assustadoras. Quem tinha lanterna conseguia enxergar uma coisa ou outra, já quem não, tinha que se manter e confiar em sua visão limitada em preto e branco no escuro daquela noite fria.

Na cidade, na praça, o palco para o sábado estava montado; as meninas tinham medo de colocarem seus nomes nas cúpulas e serem amaldiçoados com a morte, como foi com Ashley Crowley. Mas nem por isso as redomas não deixavam de ficar lotadas com nome de garotas de 12 a 20 (diminuíram e aumentaram a idade das participantes no últimos 4 anos em Dixton). Meninos e meninas das cidades vizinhas também colocavam seus nomes.

As pessoas andavam animadas entre as barracas, comparando comidas e jogando os jogos, com seus filhos, namorados e amigos. Tinha uma banda que tocava música ao vivo e quase não se ouvia o som das sirenes da polícia, não muito longe. Mais uma vez na rua onde se encontrava a velha casa dos Dixton. Os moradores não ligavam muito, mas mesmo assim, não deixavam de formar um grupo de curiosos em frente à casa, atrás da faixa a amarela sendo pedidos aos homens e mulheres de uniforme policial para se afastar. Os responsáveis pelo caso passaram pelas pessoas curiosas. Jonathan Wang acompanhado de Lewis Cox entraram na casa juntos aos oficiais e subiram ao segundo andar, onde segundo a ligação para polícia a casa estava com as luzes acesas do segundo andar.

A casa ainda tinha energia, sem ninguém ali? – Lewis se questionava, mas Dixton é um lugar estranho e aquilo não era nada.

Ao chegarem ao quarto, onde tinha uma cama empoeirada e em cima da dela um colchão velho com um copo que manchava todo o colchão de vermelho. Um dos braços da vítima estava próximo à porta e o outro de baixo da cama. O corpo estava sem cabeça. Seu coração estava para fora.

- ACHEI A CABEÇA! - alguém gritou no andar de baixo.

Jonathan acompanhado de Lewis e Kunpimook desceram até a sala onde um dia foi um escritório. A sala estava vazia e tinha, no centro da sala, uma poça de sangue ao redor da cabeça de um garoto, não devia ter nem 20 anos. A boca estava aberta e os olhos arregalados.

Jonathan deu um passo para trás assustado.

- Ah esse desgraçado ainda está perturbando a cidade. O cara que está preso é inocente. - falou o investigador responsável. - Esse é a quinta ou a sexta vítima?

- Sexta - Kunpimook se pronunciou olhando o rosto. - Esse garoto morava no final da rua. - falou parecendo fortemente abalado.

- Parece que a pessoa ataca durante o dia - Lewis falou saindo da sala. - Provavelmente fez tudo sozinho, dificilmente com ajuda, e agora deve estar caçando e rindo, como se não tivesse culpa alguma.

- Não é mais fácil culpar alguém que está fazendo um ritual macabro de magia? - um dos policiais comentou rindo e outros ali presentes também acharam graça.

- Pode até ser um ritual me magia, mas a pessoa precisa usar as mãos para fazer qualquer coisa. - A voz rouca e grave de Jonathan de com que os homens parassem de rir.

- Por que eles estão aqui?

- Por que eu mandei! - Uma mulher de casaco preto e botas descia as escadas. - E também eles vieram terminar uma outra coisa que começou a alguns anos. - A mulher disse e antes de sair da casa os deixando para trás, olhou para Lewis.

- Quem é ela? - Jonathan perguntou confuso.

- A chefe de todo departamento de Polícia de Dixton. Abigail Lloyd. - Lewis disse.

Aurora 》Got7《Onde histórias criam vida. Descubra agora