Capítulo 26

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Eu ainda estava paralisada diante de tamanha revelação.
Aproximo-me e o abraço, é o que consigo fazer.
—Eu lamento muito, não sabia que era algo com essa dimensão, me desculpa por te obrigar a falar. —falo sentindo-me imensamente culpada. Ruan então coloca uma mexa dos meus cabelos atrás da orelha e diz.
—Eu que peço desculpas, pois deveria ter contado antes, no entanto não havia encontrado o momento oportuno. É um assunto muito delicado.
—Eu entendo, e juro que não sei o que falar.
—Ei, não precisa falar nada, achei que precisava dividir, não posso te perder, não suportaria.

Ficamos em silêncio, e Ruan puxou-me para seu colo.
Não sei por quanto tempo exatamente ficamos na mesma posição. Minha cabeça gritava por resposta, confesso que fiquei enciumada por saber que ele viveu um grande amor, e me perguntei mentalmente se ele me amava menos.
Mais no momento acalmei meu coração pois não era hora para egoísmo, Ruan precisava apenas do meu apoio e eu o daria.

Nosso momento foi interrompido por uma ligação, onde Gabi nos convidava para um jantar.

Foi difícil convencer Ruan, porém não queria ficar presa no quarto com tamanha melancolia, quero ver um sorriso branco em seus lábios e farei o possível para conseguir.

Ao chegar no restaurante do hotel, não demora muito e logo os encontro.

—Boa noite papai, —falo dando um beijo na sua face.
Ele então sorrir.
—Boa noite meu amor, — responde e logo seu sorriso diminui, eu não tinha me dado conta que estava segurando a mão do Ruan.
—Senhor Javier, —Cumprimentando meu pai, em seguida faz o mesmo com a Gabi, beijando sua mão.
—Senhor Steven, como vai? —pergunta Gabi com sua voz doce.
—Estou bem, senhora.—diz Ruan. Vejo que Gabi olha nossas mãos unidas e me dá um sorrisinho cúmplice.
—Meu amor, —diz me dando um beijo.

O jantar é pedido, e Ruan e papai, começam a falar de negócios, é admirvel como são parecidos, pois Ruan é claramente uma versão mais nova do senhor Javier. Papai não assumi, mais estão se dando muito bem.

Depois do jantar, Gabi e eu voltamos para a suíte e os dois ficaram conversando no bar do hotel.

—Quando vai assumir que estão juntos, —Pergunta Gabi assim que entramos na sua suíte. Isso me surpreende.
—É muito mais complicado. —respondo sincera.
—Amor eu sei que não falta, dá para ver nos olhos dos dois. —comenta.
—É tão claro assim, —questiono sentindo meu rosto queimar.
—Como água cristalina. —brinca.
—Gabi, decidir que vou voltar com vocês, como posso ficar com Ruan? — questiono.
—Seu pai já sabe disso, —Pergunta.
—Não, mais o Ruan sim.
—Então não volta, você ainda tem um ano, ou um pouco mais não lembro ao certo, fica com ele, aproveita esse amor minha pequena.
—Eu descobrir que amo Ruan muito mais que pensava, mais nesse momento, papai e você precisa mais de mim.
—Meu amor, senta aqui, —fala puxando-me para a cama, e eu coloco a cabeça em seu colo. —Não importa onde você está, tanto seu pai quando eu, sabemos do seu imenso amor, e por outro lado estou bem, não pode parar sua vida sempre que algo sério acontecer, além disso você sabe que seu pai é exagerado, e vai encher a casa de enfermeiras. —fala acariciando meu cabelo.
—É uma escolha de amor, não um sacrifício, você largou tudo e ficou comigo quando precisei do seu amor, sua atenção, e mesmo sabendo que meu pai poderia colocar uma equipe inteira para cuidar de mim, mesmo assim escolheu ficar comigo. —Comento ao lembrar de todas as vezes que meu pai viajou sozinho e ela estava lá, comigo.
—Teimosa igualzinho seu pai. —diz dando um sorrisinho.
—É, eu acho que pareço com ele bem mais do que posso imaginar.

Gabi insite que eu devo ficar com o Ruan, alegando que ele é meu grande amor. Minha cabeça começa a trabalhar a mil, pois por mais que eu o ame, não sei o que fazer.
Volto para minha suíte, tomo um banho rápido, coloco minha camisola de bolinhas e vou para cama, afinal quem não tem uma? Pego meu livro de cabeceira e começo a ler. Não demora muito e ouço alguém bater na porta. Meu coração dispara pois sei que é ele.

Saiu correndo e ao chegar na mesma, respiro e abro. E lá está, o sorriso que amo do outro.
—Não poderia ir, sem me despedir. —diz e eu sorriu feito uma boba. E agora o que devo fazer? É só o que consigo pensar.

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LIBERDADE AOS OLHOS DA MEGANOnde histórias criam vida. Descubra agora