LIBERDADE AOS OLHOS DA MEGAN

Capítulo 11

Na manhã seguinte acordo bem cedo, precisamos sair correndo para o outro apartamento, mas para minha surpresa! Gabi comprou roupas novas, sapatos, bolsas, maquiagem, jóias, tipo tudo mesmo, não é por nada, mas ela arrasa.

Por sorte Sophia e eu temos quase as mesmas medidas, então foi fácil.

Tomamos café correndo, me despedir dos meus pais e descemos, mais uma surpresa, Deise esperávamos, era de se esperar, Gabi não separa dele.
Depois de nós cumprometar e fazer questão o mesmo nos guiou até a loja.

A manhã foi bem corrida, muito movimento, mas enfim hora do almoço.
Sophia e eu saímos para almoçar e ela parece um pouco triste.

—Aconteceu alguma coisa?—Pergunto assim que sentamos.
—Coisa chata, o de sempre.—responde.
—Olha você sabe que estou aqui para o que precisar.
—Eu sei, mas agora que sei quem é você de verdade fico sem jeito.
—Que papo é esse?—Pergunto sem entender nadinha.
—Megan você é linda, rica e tem uma família perfeita, eu no entanto só tenho problemas.
—Ei, você também é linda e família é detalhe, e pode parar com isso, eu continuo sendo a Megan que entrou aqui. A que mesmo sem saber nada dela, você não teve nenhum problema em ajudar, me apoiou, me deu dicas e olhe só, me mostrou esse lugar legal e mais em conta para que eu podesse comer bem e gastar pouco.
—Estou envergonhada pois olha para esse lugar, acho que você nunca pisou na vida.
—Você tem razão, não mesmo, mas adorei ter conhecido com você, eu não vou mudar, e como te falei, meu pai tem dinheiro eu não, agora para com isso é me conta tudo, somos amigas ou não?—Ela me olha com os olhos marejados e diz.
—Para sempre!—Sorriu e ela tenta fazer o mesmo.
—Fala o que está acontecendo?—Pergunto.
—Meu irmão piorou é minha mãe levou ele novamente para o hospital, não tenho dinheiro Megan, não sei o que fazer queria está lá com eles e não posso.
—Olha não se preocupa, agente vai dá um jeito.
—Não quero que peça nada a seu pai, morreria de vergonha.
—Somos amigas ou não?—Pergunto mais uma vez.
—Você sabe que sim.
—Então apenas confie.

Depois de acalmar a Sophia almoçamos e voltamos para a loja.

Assim que entro, não demora muito Ruan entra e adivinha?! Manda me chamar.

—Precisa de alguma coisa senhor Steven.—Falo entrando em sua sala depois de ouvir sua voz dando-me permissão. Ele me olha do pé a cabeça parece que sinto queimar em cada pedacinho.
—Posso saber onde a senhorita esteve ontem a noite toda?—Eu não ouvir isso.
—Qual é seu problema?—Pergunto.—Ele não responde apenas me olha.
—O que diabos você está fazendo comigo garota?—Questiona vindo em minha direção. Já diante de mim, ele continua a me olhar, e por alguns segundos, fico perdida na aquela fonte de águas cristalina que é seus olhos, e tentando entender a última frase que acabou de sair dos seus lábios.
—Janta comigo essa noite?—Pede surpreendo-me.
—Oi!
—Por favor, não é uma ordem, mas sim um pedido.
—Sinto muito, mas eu não...
—Não me diz não. —fala colocando seu dedo em meus lábios, interrompendo-me.
—Tudo bem, mas tem uma condição. —as palavras escapam dos meus lábios e por um instante, não entendo por que falei isso.
—Condições? —questiona erguendo a sobrancelha.
—Não quero que vá até minha casa, passe o endereço e te encontrarei. —Ele olha-me aparentando surpresa.
—Por que isso?—Pergunta.
—Porque sim, aceita ou não?—Ele pensa por um instante e diz.
—Tudo bem, se é o que deseja, assim será.
—Combinado, —pego a caneta sobre sua mesa. Escrevo meu número é o entrego. —Ai está meu número, sabe o que fazer, agora preciso voltar ao trabalho, meu chefe é linha dura e sua fama não é das melhores então não posso ficar de conversinha, corro um sério risco de perder meu emprego.—Seu olhar que apouco estava fixado no papel em suas mãos, agora estão fixos nos meus.
—Seu chefe o que?—Pergunta.
—Ele não tem uma boa fama, há rumores que é insuportável.
—Falam isso de mim? —Pergunta.
—É senhor Steven, acho que deveria olhar menos para si mesmo e olhar mas ao seu redor, posso ir agora?
—Fica mas um pouco? —Seu pedido é inesperado. Porém eu já o conheço.
—Não posso, tenho mesmo que voltar ao trabalho.
—Não vai mudar de ideia não é?—Faço que não. —Pode ir, e não esquece do nosso encontro.

Saiu da sala um pouco nervosa, e com a mesma pergunta que ele na minha mente.

O que Ruan está fazendo comigo?

A tarde passa rápido, e assim que termino meu horário de trabalho, corro para casa. Ou melhor para o meu apartamento novo.

—Eu ainda não acostumei com esse lugar!—comenta Sophia assim que entramos.

—É realmente muito lindo.— Respondo.
—Oi pequena! —Fala Gabi vindo da cozinha.
—Oi! E o papai?—Pergunto.
—Ele saiu, disse que precisava finalizar umas coisas, amanhã voltaremos para casa, não gosto de ficar muito tempo longe. Felipe ainda é uma criança, e precisa da nossa atenção.
—Está tudo bem com ele?—Pergunto sentindo falta do meu irmãozinho.
—Sim, está estudando, não quero pressiona-lo  mas claro fico sempre acompanhando, você não sabe o tamanho da felicidade dele quando tira um dez, e nem te conto o que aconteceu quando tirou 8,5 ele ficou super triste tadinho, achava que tanto seu pai e eu não íamos gostar. Mas conversamos e ele ficou mais calmo.
—Que bom que resolveu, tadinho do Lipe se sente pressionado, podemos falar um instante no quarto.— pergunto.
—Claro meu amor!

—Gabi não sei o que fazer em relação a uma pessoa!—Falo de uma vez, assim que entramos no quarto.
—Que pessoa?—Pergunta surpresa.
—Eu vou te contar. Eu descobrir que por sacanagem do destino, Ruan é o dono da loja que eu trabalho.
—Ruan Steven?—Pergunta.
—O próprio! Por isso não sei o que fazer. Desde que nos conhecemos ele não me dá uma trégua, as vezes morro de raiva e outras só penso em beija-lo, estou ficando maluca Gabi. Ele me tira do sério e ao mesmo tempo não consigo decifrar o que sinto quando estamos juntos.
—A palavra é apaixonada meu amor.—Fala abrindo um enorme sorriso em seus lábios.
—Não é possível Gabi, você não faz ideia de como é insuportável aquele metido. —Comento.
—Não se preocupe você encontrou o seu Fernando, e vai aprender a lidar com ele. —Agora sim, não entende nada mesmo.