Capítulo 17

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Dias passaram, e eu e Edward estamos cada dia mais próximo, Ruan está uma fera, pois surgiu como um furacão em minha porta exigindo explicações, de quem era o dono do meu novo apartamento, apenas disse que não era da sua conta, então ele foi embora.

Ouço a campainha tocar e como uma aparição está Edward em minha frente, lindo que só de olhar me deixa sem ar, acho que nesses últimos dois meses ele se tornou bem mais que um amigo, só não entendo o porquê de ainda sonhar com o Ruan? Estou ficando maluca, ou perde a sanidade em todos os sentidos das coisas.

—Pronta? —Pergunta entrando.

—Sim, gostou? — falo sorrindo.

— Você está linda, ou melhor você sempre estar, por isso nunca sei se está pronta para sair, ou se vamos ver filmes na tv.

— Não seja exagerado, —falo sentindo minha face queimar.

— Você fica um encanto quando fica vermelha. —Comenta aproximando-se e como de costume me pega em seus braços me fazendo gargalhar.

— Então esse, é o infeliz que está te dando essa vida de luxo. —A voz de Ruan surge do nada completamente transtornado.

Edward me coloca de volta no chão, e quando vira que Ruan olha em seus olhos vejo fogo sair pelas ventas.

— Seu miserável, infeliz, filho da mãe, eu exigir que ficasse longe dela. — Grita Ruan furioso, e golpeando seu irmão de forma brutal.

— Pode parar com isso Ruan você está na minha casa, onde não foi convidado, —falo indo ajudar Edward que está sangrando.

— Defende esse miserável, afinal de contas se vendeu para ele por pouco, espero que tenha sido válido. — Joga na minha cara me deixando arrasada.

— Só quero que você vá embora! —Grito sentindo as lágrimas queimarem dentro de mim.

— Fica calma angel está tudo bem, — Fala Edward levando.

— Vai embora daqui, Ruan, — gritar empurrando o mesmo porta a fora.

Papai vai me matar se souber desse escândalo.

Fico dentro de casa, sento no sofá e só posso pensar o quanto Ruan é um idiota metido. Quinze minutos passam e nada de Edward, vou até a porta e meu sangue foge quando vejo o mesmo voltando todo machucado.

— Meu Deus o que aconteceu? — Pergunto ajudando ele a sentar na poltrona. — Corro até a cozinha e pego o kit de primeiros socorros.

— Espera vou te ajudar,—falo me sentindo culpada.

— Ele ficou pior, —Fala dando um sorrisinho.

— Você está rindo?

— Já fazia anos que queria dá essa surra nele.

— Acho que não foi bem assim, julgando pelo seu estado. O que deu em vocês?

— Esse maldito me culpa por tudo de ruim que aconteceu na vida dele, eu não queria que tivesse acontecido da maneira que aconteceu.

— Do que está falando, pelo o amor de Deus? — Questiono sem entender.

— Ruan nunca vai superar, e por fim me perdoar. — Fala com o olhar vago.

— Perdoar o que. — Insisto.

— Vamos para o nosso jantar? — Pergunta mudando de assunto.

— Tudo bem quando você se sentir a vontade estarei aqui para ouvir. Mas no momento acho melhor pedimos algo para comer, vendo tv mesmo. — Assim que termino os curativos, ele olha dentro dos meus olhos e diz.

— Faz dias que estou tentando fazer um convite.

— Que tipo de convite?

— Vamos comigo passar duas semanas em Lisboa?

— Como duas semanas?

— Eu tenho umas coisinhas para fazer perto de lá, e adoraria te levar em alguns lugares que sou fascinado.

— Edward, não sei se é uma boa ideia. — comento indo até a cozinha, guardar as coisas.

— Só pense, minha viagem está marcada para depois de amanhã, se quiser é só falar.

— Ok, vou pensar. —respondo.

Durante o jantar penso no quanto seria maravilhoso viajar, sair um pouco desse lugar, e por fim me afastar do Ruan, ele só me faz mal.

Edward vai embora, mas faz questão de refazer o convite. Lisboa, nada mal, em vez de pensar em mil e um motivos de não ir, penso porque não?

Na manhã seguinte, acordo renovada, é o convite do Edward não sai da minha cabeça, meu Deus! Se viajo com um homem, papai me leva de volta para casa pelos cabelos.

Ouço a campainha, que tira-me dos meu transe e vou atender.

— O que pensa que está fazendo da sua vida? —indaga Ruan invadindo minha casa.

— Já chega Ruan! Não sou obrigada a ouvir suas ofensas, some da minha vida por favor.

— Não antes de você me responder porque esse jogo?

— Que espécie de jogo?

— Descobrir que essa casa está no nome do meu sócio, o que inferno você tem com ele, não tem vergonha ser amante de um homem casado, e pior trazer homens para esse lugar. Você desceu muito baixo. — ao ouvir isso dou uma bofetada na face dele.

—Você não me conhece, e mesmo que tente jamais saberá compreender como sou, se você acha que não presto, porque não me esquece e volta para suas vadias, esquece que passei na sua vida, porque eu amaldiçoou o maldito dia que te conheci, nunca mais escuta bem! Nunca mais quero te ver na minha vida. — Falo com lágrimas nos olhos sufocando para não chorar.

— Olha em meus olhos e me diz que estou enganado, que tudo isso é um maldito engano, que você é minha menina indefesa. — Fala erguendo meu queixo, fazendo com que eu olhe dentro dos seus olhos.

— Não importa o que eu fale, você já me condenou da pior forma possível, só espero que quando descobrir que cometeu um grande erro, aprenda a conviver com ele, agora some da minha casa, e da minha vida Ruan, não quero mais te ver, muito menos te ouvir. — Lágrimas rolam em sua face, e ele não fala nada, sai e quando chega na porta, olha em minha direção. Passa as mãos pelos cabelos nervosamente, e em um roupate, volta em minha direção em passos largos e me beija ferozmente, e por mais que eu tente ser forte, correspondo.

Ele com ambas as mãos segurando em meu rosto, olha dentro dos meus olhos e diz.

— Se é o que você quer, assim seja, adeus. — Sem mais sai como um furacão.

Me deixando aos prantos e completamente sem fala.

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Amores, fiquei sem fôlego! Demorei mas voltei. Há não deixem de ler o próximo capítulo, vem muitas surpresas, tipo muitas mesmo, beijos até mais.

LIBERDADE AOS OLHOS DA MEGANOnde histórias criam vida. Descubra agora