Capítulo 7

335 51 37
                                    

—O que faz aqui Ruan?—Pergunto sem a menor paciencia.
—Não vai me convidar para entrar?—Pergunta com um sorrisinho debochado.
—Você sabe que não é bem vindo aqui! Porque você veio?—Pergunto cruzando os braços.
—Eu viajo por uns dias e você sai por aí fazendo besteira.—Eu o encaro e juro por Deus que estou lutando contra aos meus instintos para não dá na cara dele.
—Ruan some da minha casa, não vou ser um brinquedo nas suas mãos.
—Quem falou que você é um brinquedo? Que mente fértil, de onde tira tantas bobagens, garota?
—Você tem toda razão, eu sou uma garota de mente fértil, te aconselho ficar longe de mim.
—Você acha que eu não quero isso?
—Eu não entendo! Quando queremos algo, lutamos até conseguir.—Ele me olha sério por um instante.
—Sabe que você tem razão, —fala passando por mim, e segue até o sofá, e senta.
—Não lembro de te dar permissão, para entrar.—Falo espantada com tamanho atrevimento.
—Senta aí garota, para de falar e me escuta uma vez na vida.
—E porque eu faria isso?— Pergunto.
—Porque tenho uma proposta para você!—sorriu ando até a poltrona ao seu lado.
—Você está brincando não é?—Pergunto.
—Não, me escuta depois você fala o que quiser.
—Se eu te escutar, promete que assim que terminar, você vai embora?—Ele olha-me sem acreditar no que falei e diz.
—Combinado.
—Então estou ouvindo, pode falar.—falo dando um sorrisinho.
—Quero que trabalhe diretamente para mim.
—Como diretamente para você?—Pergunto sem entender.
—Eu preciso urgentemente de uma assistente e você encaixa-se perfeitamente no que procuro.—fico sem entender e ele continua.—Você é inteligente, fala várias línguas, tem disponibilidade e é bonitinha.
—Terminou?—Pergunto.
—Olha seu salário vai ser melhor do que ganha e aí você poderá mudar desse lugar.—Fala olhando em volta.
—Minha resposta é não! Vai embora agora.
—Você é teimosa garota, o que você tem contra a mim?—Levanto ando em direção a porta e falo.
—Tenho uma lista imensa, estou cansada e acredite você conseguiu estragar a minha noite duas vezes.
—Pense na minha proposta, depois te procuro.
—Pode esquecer, eu não vou atrabalhar para você, —falo olhando seriamente para ele.
—Você está mal informada bonequinha, acredite.—olho para ele sem entender.
—Vai logo Ruan. —Falo indicando a porta.
—Agente se ver, —fala dando um beijo na meu rosto e sai, fecho a porta, solto o ar lentamente. E sigo para o meu quarto.

Na manhã seguinte, saiu cedinho de casa e pego um trânsito horrível, chego no trabalho dez minutos atrasada.
—Bom dia!—Falo entrando na loja.
—Bom dia!—Responde Sophia. —Vou até o meu armário, guardo a minha bolsa e volto para iniciar o trabalho, vejo uma movimentação estranha.
—Está tudo bem?—Pergunto aproximando-me das meninas.
—O chefe acabou de chegar, ele é super exigente e gosta de tudo perfeitamente no lugar.—Fala Sophia aparentando nervosismo.
—Nossa ele deve realmente ser terrível.—Comento.
—As vezes ele chega com um humor do cão, e nem cumprimenta ninguém, começa dando ordens e fazendo mudanças.
—Bom, então vamos trabalhar, não queremos problemas com o chefe não é mesmo.—Ela sorrir e seguimos cada uma fazer suas funções.

A manhã foi cansativa, o movimento foi intenso, na hora do almoço Sophia e eu saímos para almoçar juntas, esses últimos dias estamos muito próximas, ela é super legal.
—Que cara é essa?—Pergunto vendo que tem algo errado.
—Não é nada, —responde, porém não acredito.
—Somos amigas pode confiar em mim, no que eu poder ajudar juro que farei.
—Infelizmente você não pode me ajudar.
—Fala pra mim o que está acontecendo e quem sabe não posso fazer alguma coisa.
—É que estou preocupada, como te falei moro sozinha, e não ganho muito bem, estou no último ano da faculdade de gastronomia, mas a dois meses não estou conseguindo pagar, meu irmão teve um problema de saúde e uma boa parte do meu salário mandei para meus pais, esse mês será pior pois temos mais gasto e eu vou ter que procurar um lugar menor para morar ou vou ter que largar tudo e voltar para casa.
—Muito complicado, mas para tudo tem um jeito, —Penso um instante em maneira de ajudar e falo.
—O que acha de dividir um meu apartamento comigo? Moro sozinha também, vai ser legal ter uma companhia.—Ela olha-me sem acreditar no que falei.
—Você está falando sério?—Pergunta.
—Sim, e mais você pode mudar hoje mesmo, meu apartamento é pequeno mas agente da um jeito, o que me diz?—Pergunto dando um sorriso.
—Eu aceito claro, minha nossa Megan não sei como agradecer. —Fala e vejo as lágrimas rolar em sua face.
—Não precisa, amigas é para essas coisas, agora enxuga essas lágrimas e vamos voltar ao trabalho, que hoje o dia promete.—brinco enquanto peço a conta.

Assim que entramos na loja vejo as meninas com um sorrisinho debochado no rosto.
—Megan!—Erica chama meu nome, vou até ela.
—Sim?—respondo sendo breve.
—O chefe quer falar com você.
—Fiz algo errado?—Pergunto para tentar entender o motivo.
—Para mim não, porém quem decide é ele.
—Tudo bem, quando quiser. —falo sentindo um friozinho na barriga.
—Agora mesmo, ele está esperando no escritório, já sabe onde fica certo?
—Sim claro.—Respondo, peço permissão e ela faz que sim.

Sigo até o escritório, bato na porta e ouço uma voz famíliar dando-me permissão para entrar.
 
Assim que meus olhos encontra os dele, não consigo acreditar! Aí não, que sorte essa minha.

______________________________

Oi amores! Mais um capítulo feito com muito carinho para vocês, espero que tenham gostado, por favor não deixe de me contar o que estão achando, amo ler o ponto de vista de cada um. Há não posso deixar de agradecer pelo o carinho que tenho recebido, fico imensamente feliz por poder compartilhar mais uma história maluca com vocês, obrigado de coração por estarem sempre comigo. Beijinhos no coração e até o próximo capítulo.

LIBERDADE AOS OLHOS DA MEGANOnde histórias criam vida. Descubra agora