Caso: 3

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Minha mãe era uma pessoa maravilhosa, incrivelmente bondosa e esforçada. Mas ela desenvolveu problemas no coração a algumas semanas, e ja estava muito mal, pois a doença que ela tinha era tão forte que a cada minuto que passa o risco de óbito aumenta para 10% se não recebesse ajuda. Ela tinha Infarto Agudo do Miocárdio; É provocado pela falta de sangue e oxigênio no músculo cardíaco, devido a obstrução da artéria coronária, levando ao quadro de dor no peito, falta de ar e mal estar.
Como ela sofria tanto no trabalho quanto em casa, ela foi ficando cada vez pior, e agora ela estava internada e ontem tinha feito uma cirurgia arriscada. Criou eu e a Stelly praticamente sozinha, pois meu pai nunca parava em casa e quando voltava, ele sempre estava bêbado. Tem sido assim desde que eu me entendo por gente. Várias vezes ja pedi a minha mãe que ela o mandasse embora de vez, mas ela não fazia por medo; Ele batia nela por nada constantemente e em nós também. Ele abusava tanto fisicamente quanto sexualmente de nós dois, seus próprios filhos, e mesmo eu sendo um menino, ele não se importou. Minha irmã sofria muito por ser apenas uma criança que começou a receber esse tipo de "tratamento" assim que completou três anos de idade; E eu assim que completei meus seis anos. Consequentemente Stelly criou um medo intenso do pai, e eu apenas um ódio incondicional. Mas nenhum de nós dois contamos a minha mãe, ela não merecia saber disso, então Stelly cresceu e foi entendendo tudo o que acontecia e apenas concordava comigo em não reportar nada a ninguém. Vivíamos e conviviamos com isso quase todos os dias, era um completo inferno.
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Estava em casa assistindo na sala, e Stelly estava dormindo no seu quarto. Como o embuste do meu pai não passava muito os dias em casa, eu era quem cuidava e sempre ajudei a criar a Stelly, apesar dela ser apenas três anos mais nova que eu. Eu tinha dezesseis e ela treze.

Foi quando ouvi batidas na porta e logo fui atender meii receoso de ser meu pai.

Graças á Deus era só um carteiro, e ele dizia que a correspondência era para "Park Jimin". Logo entrei e abri a carta imediatamente quando li o nome "LINCH". A Linch era uma das melhores faculdades de intercâmbio intencionais da Ásia.
Meu coração se encheu de alegria ao ler que eu tinha conseguido 97 pontos, numa prova que valia 100. Eu tinha sido aceito!
Minha mãe, apesar de sermos de classe média baixa, sempre teve um sonho de nos ver formados em profissões dignas, e por isso assim que eu soube que ia ter um seletivo que dava uma bolsa, não pensei duas vezes em estudar bastante em bibliotecas e na internet para conseguir orgulhar a minha mãe.

Logo corri até p quarto da minha irmã e a balancei para que acordasse.

---Telly, anda! Vamos, acorda tenho que ir mostrar algo para mamãe no hospital! -eu a sacudia que nem um boneco-.

---Oppaa! -ela falou sonolenta- Para com isso, deixa eu---...

---Vou te deixar na casa do Tae. -a interrompo e pisco pra ela sorrindo e ela se levanta rapidamente-.

---Na casa do TaeTae?! -ela disse sorridente- Ja to indo, Hyung!

Saiu do quarto rindo e vou trocar de roupa para poder sair.

Kim TaeHyung era meu melhor amigo ja fazia quatro anos. Nos conhecemos na escola, e desde então nunca mais nos separamos. Mas mesmo ele sendo tão próximo de mim, eu nunca contei nada sobre os meus problemas de casa para ele.
Telly e Tae tem a mesma idade e minha irmã gosta dele desde que se conheceram, é tipo aquelas paixões de infância; Que nunca sumiu.

Qebra de tempo

FlashBackOn

Você sempre sera meu bebe---.

FlahsBack Off

Depois daquele dia eu queria morrer. Eu queria morrer junto com minha mãe. Por que ela não aguentou mais? Por que ela não teve mais uma chance? Por que tinha que ser justo a minha mãe?
Como se não bastasse eu ser o "homem da casa", aquele que tem as responsabilidades de um pai mesmo quando ainda se tem dezesseis anos de idade, como se ja não bastasse eu ser molestado e ver minha irmã sofrendo o mesmo pelo próprio pai e também ver minha mãe também sendo machucada, como se não bastasse a minha condição financeira ser complicada, como se não bastasse eu permanecer sofrendo calado, a vida resolveu me desestabilizar por completo, tirando o que eu mais amava de meus braços. Ela nem chegou a me ver me formando, ela nem chegou a ver eu casando, muito menos a minha irmã. Minha mãe não merecia ter passado por nada disso desde que ela casou com meu pai, mas ela aguentou até onde deu, até onde seu limite lhe permitiu. Ainda tenho muito orgulho dela, orgulho de ser filho dela. Ela até o fim se manteve calma e gentil, até o último momento ela foi especial e até o último momento eu a amei.
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Nove anos depis

---Acorda, viado. -sinto alguém puxar algumas mexinhas do meu cabelo me fazendo abrir os olhos e me dar de cara um garoto idiota pondo a mão na lateral do rosto e me imitando dormindo-.

---O...O que você...-eu não conseguia falar por causa do desnorteio pos-sono- Caralho que horas são? -bocejo pondo a mão na minha boca-.

---Hora de acordar. -ele me puxa meu braço direito mas eu me recuso a levantar- Jimin, rápido! V-vamos nos atrasar idiota, -ele colocava força e eu resmungava me puxando de volta, impendindo de desgrudar a minha bocheca fo travesseiro macio- Ja são quase quatro horas da... JIMIN! -ele larga me braço com força ja irritado-.

---Aah o que eer? Me atrasar pra que? Posso saber? -o encaro com cara de deboche-.

---Mano, que horas você chegou da have ontem? Que tipo de irmão é esse que esquece a formatura da própria irmã?

---Quê?

---"Quê" é um tapa bem dado na sua cara que você vai ganhar dela e da mamãe se você não se apressar.

---Mas eu ainda to dormindo. -murmurei manhoso-.

---Desisto. -ele bufa e da de ombros- Eu não sou pago pra isso,a Omma apenas me pediu para te chamar, se você não vir, aí quem vai se foder é você e não eu. Eu acho. -ele abre a porta- Se ela brigar comigo eu vou cortar seu cabelo.

---Tenta! Você morre! -grito sorrindo ainda da cama-.

---Ah, Hyung, ce ainda ta fedendo a álcool e maconha, se a mamãe te ver assim, ela cancela sua conta da Netflix. -sussurrou audível enquanto esticava apenas o pescoço pra dentro do quarto- Não demora, é sério, to com medo de sofrer também. -ele rir e fecha a porta-.

Eu so queira dormir. Cheguei umas sete horas da manhã, e logo que cai na cama, eu apaguei.
Mas se eu não me levantar eu não vivo, porque minhas séries é coisa sagrada, e se minha mãe cancelar minha conta eu me mato.

Sim, eu chamo a mãe do Tae de "Mãe", ja que ela que terminou de nos criar; Ela conseguiu nossa guarda na justiça contra meu pai, e ele foi preso logo após nós o denuciarmos. Inclusive eu até fiz amizade com o policial que prendeu ele enquanto dormia, na minha antiga casa. Meu pai pegou uma sentença de quinze anos. Mas por mal comportamento dentro da penitenciária, foram acrescentados mais dez anos. E sinceramente, ele ja está bem velho hoje, então espero que ele morra logo lá.

Afinal, falta é a última coisa que eu vou sentir dele.

A Tia e o Tio Kim eram uma familia muito rica. Ela era juíza e ele dono de uma concessionária de carros importados. Então cuidar de mais dois meio que não foi um problema, e além do mais, eles ja estavam acostumados com o pior, que era Kim Taehyung. Eles não se importavam nem um pouco criando nós dois, pois eles eram amigos de infância da minha mãe, e tinham um carinho muito grande por ela; Todos tinham.

Sobre a bolsa que eu ganhei, desisti dela naquele mesmo dia. Eu não queria mais saber de nada que
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Depois de fazer minhas higienes, eu saiu do banheiro e vou em direção ao guarda-roupa, visto apenas uma box azul escuro e começo a remexer as roupas para achar minha camisa social branca preferida.

---Onde tá essa... Grrr, cadê caralho?! -resmungava pra mim mesmo- TAEHYUNG!!! -gritei forte e pude escutar um "OOOII!!!" vindo la da cozinha, no andar de baixo- TU PEGOU MINHA FILHA SOCIAL?!

---DESDE QUANDO SUAS ROUPAS CABEM EM MIM SEU ACÉFALO?! -ele berrou la de baixo e logo pude ouvir um "TAEHYUNG, NÃO FALA ASSIM COM ELE!" da minha mãe e seguido de um barulhinho que eu presumi ser um tapa e logo Tae gemer de dor-.

Minha mãe mimou muito a gente desde que chegamos aqui, eles nos deram tudo o que queríamos e até o que não precisávamos. Nos criaram como respectivos filhos. Todos falam que hoje sou muito mimado, filhinho de papai, até mais que minha irmã, mas eu não admito isso pra ninguém, eu nunca admito meus defeitos. Com o tempi eu também fiquei orgulhoso, parei de bancar o otário pra geral.

Depois de um século procurando minha "Filha Social" eu finamente a encontro dentro de uma das gavetas escondidinha e então me visto rápido, pois minha irmã ja estava começando a encher o meu saco.

Minha irmã hoje tinha vinte e dois anos e eu vinte e cinco.
Ela se tornou uma mulher bonita, justa e esperta. De tanto minha mãe insistir ela acabou aceitando cursar direito e hoje vai se tonar uma advogada.
Ao contrário de mim, que não me interesso em nada pro meu futuro, e muito menos o Tae.

   CONTINUA   

Unexpectedly, Love (JIKOOK)Onde histórias criam vida. Descubra agora