Caso: 8

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*Jimin On*

Acordei com o barulho de algo batendo em ferro. 

---Psiu! -aquele mesmo rapaz alto de cabelos castanhos se agachou ficando a minha altura do outro lado das grades enquanto batia um cacetete na outra mão- Dormiu bem, bebê? -ele riu sarcástico e eu mordi o maxilar-.

Eu estava deitado em um chão duro e frio e ao meu redor tinha grades. Minhas costas doíam um pouco e eu ainda estava sem camisa. Olhei pro lado ainda no chão e avistei o corpo deitado de Taehyung se remexer de um lado para o outro e gemia baixinho enquanto passava a mão no chão, como se estivesse procurando algo para abraçar; Ele só conseguia dormir direito abraçado à algo.

---Quem é você? E eu to numa cela?! -me sentei agarrando as barras de ferro frias e encarando o maior que ainda me olhava rindo de lado-.

Olhei pro teto e vi uma pequena janelinha que parecia mais um basculante de banheiro com grades. Do pouco que vi, consegui ver o céu clarinho, como se estivesse amanhecendo.

---Meu nome não é importante pra você. -tentei olhar se ele tinha um nome bordado na sua camisa preta que ficava perfeitamente justinha em seu corpo e marcava seu peitoral forte e seus braços fartos e veidudos. Ele  continuava batendo o cacetete na mão- Sim, vocês dois estão presos temporariamente até seus pais chegarem.

---Como assim, "meus pais"?! Eles sabem?! -gritei e Tae despertou e começou a se e levantar vagarosamente-.

---Bom, nós nem íamos chamar eles já que soubemos por terceiros que vocês eram de maiores. Poreem -ele levantou um dedo- Um garoto ruivo disse que seus pais não podiam saber de jeito nenhum que vocês seriam levados e ele não quis dizer o porquê. Então nós os trouxemos, de...Bir-ra. -ele falou pausadamente e riu logo depois-.

---Gente...-escutamos a voz sonolenta do Tae, e ambos os olhamos rapidamente- Onde é que eu to? -Tae sentou com pernas de borboleta, seus cabelos estavam bagunçados e ele tinha uma expressão fofa e engraçada de pura confusão e curiosidade-. (so cuute meu bebê)

---Você está em uma delegacia. -o policial falou simplista e sorriu como se fosse algo bom-.

---QUÊ?! POR QUE EU TO PRESO?! -O mais novo logo correu até chegar ao meu lado e agarrar assim como eu, as grades- EU NÃO SEI O QUE EU FIZ MAS...E-EU SOU INOCENTE!

O policial e eu íamos dizer algo mas fomos interrompidos pela voz alta da minha mãe.

---VOCÊS DOIS! -ela se aproximou de nós, mas recuamos rapidamente-.

O policial logo se levantou e pôs as mãos junto ao cacetete nas costas e ficou sério de repente.

---Por favor, me diz que o porquê deu estar aqui uma hora dessas é apenas um mal entendido! -ela quase não abria os lábios para falar e estava fumaçando de raiva-.

O outro homem fardado de cabelos claros estava na porta de braços cruzados ao lado do meu pai.

---M-mãe...A gente não fez nada. Eu apenas fui buscar o Taehyung numa festa.

---MENTIRA! -Tae gritou e me deu um tapa no meu braço- Você não foi só me buscar coisa nenhuma! -acenei com o olhar na direção da minha mãe e o mais novo ficou quieto e se encolheu em mim, apertando meu braço logo que viu sua cara de leoa selvagem na nossa frente-.

Até parecia que minha mãe iria arrancar aquela grade a qualquer momento e iria arrancar nossos pescoços logo em seguida.
Bom, eu não duvido muito, não. 

---E o que fizeram nessa "festa" pra terem parado numa delegacia, huh?! -foi a vez do semblante sério do meu pai surgir-.

---Eu posso explicar melhor, se me permitirem. -uma mulher com um corpo escultural de saia justa, camisa social e um distintivo pendurado no pescoço brotou do lado do policial de cabelos brancos e adentrou a sala, ficando no centro daquele local- Sou a Delegada Írys, muito prazer. -ela sorriu e estendeu a mão direita, cumprimentando ambos os nossos pais-.

---Sim, por favor, nos esclareça tudo isso. -minha mãe falou controlando seus batimentos-.

---Então, -ela juntou as mãos- Um vizinho da casa em que eles estavam chamou a polícia por causa do som alto fora de hora e pelo fato dessa "festinha" estar repleta de menores, e que também nos informaram de drogas e bebidas álcoolicas estarem rondando por lá.

Minha mãe lançou um olhar mortal para nós dois, que nos encolhemos, e todos ali presentes permaneceram silenciosos.

---E encontramos esses dois desacordados, e  que deduzimos estarem drogados também, assim como a grande maioria dos demais que estavam na casa. -ela se aproximou rindo assustadoramente do policial de cabelos castanhos- Não foi isso, Jeon?

---ele engoliu seco e assentiu sem olhar nos olhos dela- Sim, senhora.

---Pois bem! -ela agora veio até a minha mãe- Então, senhora, essa é toda a história. Sinto muito.

Meu pai suspirou audível e minha mãe apertou os punhos, mas logo forçou um sorriso para a delegada.

---Aigoo! Sinceranente eu devia deixar vocês dois aí! -ela nos encarou e olhou pro teto mas logo voltou a fitar a mulher a sua frente- Quanto é a fiança dos dois?
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Depois de nossos pais resolverem nosso "probleminha", o policial pálido veio finalmente nos soltar.

---Bom, meninos...-ele abriu a cela nos dando passagem- Podem sair---... Espera. -ele colocou o braço na minha frente e eu parei-.

---O quê, o que foi---... Maano do céu... -levei as mãos a minha boca e arregalei os olhos-.

---JIMIN?! PARK JIMIN?!

---AI MEU DEUS!!! -nos abraçamos forte e Tae apenas ficou parado atrás de mim com um semblante super confuso-.

---Hyung---...Aish, quer dizer, Tenente Min a---... -o policial mais alto adentrou o espaço e logo parou ao ver a cena estranha a sua frente- Han? -ele tombou a cabeça e nos soltamos do abraço-.

---Jimin, como tem vivido? Quer dizer, você não anda fazendo essas coisas ruins sempre ne? -o de cabelos brancos me olhava sério-.

---Eer...Não exatamente...Ah, não importa e você? Te notícias do meu pai?

---Que eu saiba ele ainda está lá...-ele fitou o chão- Por que? Saudades dele?

---rumpf- Fala sério, neh! Daquele ali eu ainda sinto apenas nojo e ódio...

---Meninos, vamos embora. -minha mãe apareceu na porta atrás do policial que ainda estava sem entender nada, assim como Taehyun-.

Meu irmão saiu de trás de mim e passou pela minha mãe de cabeça baixa, recebendo um tapa na nuca que fez seus fios vuarem, logo ele sumiu de vista.

---Jimin, agora. -ela ainda estava muito séria-.

---Vai lá, presta mais atenção no que você faz da sua vida, hein garoto. -ele deu dois tapinhas em meus ombros- Não quero te ver vivendo assim, com certeza não é o que sua mãe queria.

Eu apenas assenti meio desnorteado por ele ter me feito lembrar da minha mãe. Mas apenas sai dali rápido passando pelo olhar penetrante do policial mais novo, que tinha seus dedos em sua boca.
Eu entrei no carro, sentando ao lado de Taehyung no banco de trás e logo minha mãe se pôs no banco do passageiro, ela olhou para meu pai e ele deu partida.

---DE CASTIGO, OS DOIS!!!

  CONTINUA  




Unexpectedly, Love (JIKOOK)Onde histórias criam vida. Descubra agora