Pov Natasha
Me lembro de quando minha maior preocupação era se eu conseguiria passar pelo meu período turbulento na faculdade.Se cálculo não iria me ferrar totalmente, se eu conseguiria aguentar largar minhas aulas de ginástica olímpica e luta, para conseguir estudar o suficiente.Como se isso fosse problema de verdade.
Os problemas de verdade começaram quando os mortos se levantaram, exatamente como naqueles filmes retardados.Dormir agora era um luxo, e não existia segurança de verdade.
Eu agora sou, literalmente, um pedaço de carne andando por ai, seguida de perto por aquelas coisas nojentas.Dezenove aninhos nas costas, um monte de zumbis mortos (ou sei lá oque,já que essas coisas teoricamente já estão mortas) e deixados pelo caminho, e comida enlatada. A vida perfeita hein?!
O sol já estava nascendo, e os grunhidos eram bem audíveis, então forcei meu corpo a se levantar do banco deitado. Pisquei e esfreguei os olhos, logo depois olhando pela janela de meu carro.
Dois zumbis estavam muito próximos, então estiquei o corpo fazendo uma careta e peguei minhas Saís no banco de trás.Antes de sair, vesti o suporte, de modo que pudesse desembainha-las facilmente assim que saísse.
Me apressei a ir pra fora, para não ter que lançar a porta em nenhum deles e conviver com aquele sangue nojento pelo resto dia grudado na porta.Com movimentos ágeis empunhei minhas saís e enfiei cada uma delas nos respectivos cérebros. Um terceiro se aproximava, e sem paciência fui de encontro a ele e acabei logo com isso.
Voltei para o carro e me sentei calmamente no banco do motorista, deixando a porta aberta.Peguei a mochila que se encontrava no passageiro e mexi até encontrar um enlatado qualquer.Porcaria. O que eu não faria por uma comida de verdade?
Comi rapidamente, sem pensar muito no que era, e finalmente me preparei para seguir viagem. Viagem para onde exatamente eu não sei. Não tinha destino, não tinha planos, tudo o que eu sabia é que queria ficar viva.Viajei direto, parando muito pouco e atropelando um ou outro walker. Mais ou menos no meio do dia minha gasolina se foi. Obviamente eu joguei chiclete na cruz, afinal por que outro motivo essas coisas aconteceriam?Se bem que eu definitivamente não era a única a fazer isso, já que o mundo acabou, o que quer dizer que pelo menos 90% da população deve ter feito algo assim.
Xingando com todos os nomes feios de que me lembrava,arrumei tudo de importante no meu mochilão de acampar e saltei para a estrada. Eu poderia passar a noite no carro de novo mas aquele lugar era muito vulnerável e sem uma saída muito viável caso um grande grupo aparecesse.
Segui para a floresta, e aproveitei para procurar rastros de algum animal ou encontrar um lugar propenso a ter esquilos ou coelhos, porque uma carne de verdade seria muito bem vinda. Só de pensar minha boca se encheu de água. Não que esse tipo de carne fosse o melhor, não seria nenhum super hambúrguer, mas é o que temos para o Apocalipse.
Achei um esquilo distraído e o atingi com minha faca de arremesso que eu deixava no meu cinto. Pedi desculpas a ele mentalmente, esperando que ele encontrasse a paz no céu dos esquilos.Com sorte lá poderia até rolar show de Alvin e os esquilos,algo bem mais badalado do que o que acontece nessa floresta, com certeza.
Mal me levantei segurando ele pelo rabo e ouvi um barulho ,franzi a testa e olhei ao redor. Passos de verdade, não pés arrastados. Gente de verdade.
Eu com certeza adoraria conversar com alguém, mas porra é o fim do mundo ,e em tempos difíceis as pessoas não são boas.Girei o corpo silenciosamente analisando a floresta,em busca da origem.Tarde de mais.A alguns metros dois caras apareceram , um deles com uma roupa retardada de xerife e outro com uma besta e colete de asas.
Contraditório esse lance de anjo armado. Sedutor,com certeza.Foco Natasha,procurar uma saída,não secar o carinha.
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Stronger Feeling
FanfictionNatasha Wayland costumava ser uma pessoa normal. Cursando engenharia civil, acreditava que o maior problema que teria por enquanto seria conciliar os estudos com as aulas de luta e ginástica olímpica, seus maiores hobbys. Mas o mundo não é tão leg...