POV Daryl
Olho para minha mulher mais uma vez. Aparentemente, depois que ela voltou não consigo parar de fazer isso. Ela está com o um sorriso lindo no rosto, completamente feliz por saber que o mini xerife está bem, mesmo que sem um dos olhos. Depois de conversar com ele por um tempo, acalma-lo sobre o olho dar um abraço no guri, nos finalmente saímos da enfermaria.
-Você sabe que pode parar de fazer isso, certo?- pergunta parando bruscamente e se virando para mim.
-Isso o que?
-Me olhar como se eu fosse sumir a qualquer instante.
-Depois de ouvir que você morreu eu tenho todo o direito de prestar atenção- respondo mal humorado voltando a caminhar. Não preciso olhar para saber que ela revirou os olhos.
-Amor, você já gritou comigo sobre “ você não pode me matar do coração desse jeito, Natasha” várias vezes.- diz me puxando pelo braço e me encarando.
-E vou dizer pelo resto da semana. Se brincar, pelos próximos quinze dias- resmungo passando os braços ao redor dela e a puxando para mim.
-As vezes me surpreendo com essas coisas- diz soltando um suspiro e me abraçando de volta- Gosto muito desse seu jeito de abraçar, principalmente porque você não fazia muito isso.
-Você fica me quebrando desse jeito. Quando menos espero sou o maricas que Merle me acusava de ser.
-Um maricas que tem uma mulher maravilhosa- diz se apertando ainda mais contra meu peito- Linda e tudo mais. Que tipo de maricas é casado com alguém como eu?
-Acho que sou o único- digo fechando os olhos por um momento.
Ela murmura um “uhum” abafado e ficamos mais um momento daquele jeito, só curtindo a presença um do outro. Depois do alivio inicial de saber que ela está viva e bem, eu passei pela minha fase irada e gritei com ela. Natasha odeia que gritem com ela, mas dessa vez relevou. Me acalmou e então me puxou para a enfermaria. Ficamos um bom tempo por lá.
Finalmente me separo dela e voltamos a caminhar em direção a nossa casa. Ainda é meio surreal ter uma casa onde só nós dois moramos, na verdade é completamente surreal, mas estou muito interessado na privacidade que vamos ter. Em tudo o que eu posso fazer, em tudo o que eu posso realizar.
Estamos os dois exaustos, realmente exaustos, então só temos um banho quente e relaxante juntos e então caímos na cama. Ela dorme instantaneamente, me abraçando de leve e apoiando a cabeça em meu peito. Sorrio de lado, gostando de seu peso contra mim, e me deixo adormecer também.
(...)
Depois de todo aquele sufoco o povo de Alexandria amadureceu. Começou a aceitar que a vida não é um filme ou um comercial de tv, e aceitou o apocalipse em que vivemos. Rosita, Natasha e Maggie começaram a trabalhar com o treinamento de muitos. Tara se juntou a Heath nas buscas, e eu e Rick fazemos algumas também.
Os nossos suprimentos estão escassos, estamos com dificuldades para conseguir para todos, e por mais que as Greene trabalhem com a horta, ainda precisamos de tempo para que esta consiga suportar a demanda. A nova educação do pessoal está ajudando muito nisso.
Depois de uma pequena conversa com Rick decidimos sair em busca de suprimentos. Glenn vai assumir a guarda, com a ajuda de Abraham. Aposto que Natasha vai dar um jeito de vir nessa busca, o que não é muito justo se levar em consideração que ela saiu com Abraham, Glenn e Tara da ultima vez sem mim. Não que tenha que ser justo com ela.
Como o esperado encontro ela já pronta nos carros. Fecho a expressão para ela, que por sua vez ri baixinho e corre pulando em cima de mim. Firmo os pés no chão e a seguro pelas coxas que ela passa ao meu redor.
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Stronger Feeling
FanfictionNatasha Wayland costumava ser uma pessoa normal. Cursando engenharia civil, acreditava que o maior problema que teria por enquanto seria conciliar os estudos com as aulas de luta e ginástica olímpica, seus maiores hobbys. Mas o mundo não é tão leg...