Capítulo 35

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POV Daryl

Depois que saímos da igreja seguimos da melhor forma possível para Washington. O caminho é penoso, difícil e exige muito de todos nós. Na cidadezinha mais próxima da igreja encontramos um caminhão de bombeiros e vamos todos nele. É um ótimo veiculo, principalmente pela quantidade de água que temos armazenada.

Nós revezamos a direção do caminhão, e no momento eu, Natasha e Carl estamos na frente do caminhão, comigo dirigindo. Ela fala sobre amenidades e coisas aleatórias como geralmente é de seu feitio, enquanto olha atentamente para um mapa e circula alguns lugares onde podemos parar para procurar mantimentos com a ajuda de Carl.

Uma cidade maior está a nossa frente, a primeira grande com a qual temos que lidar desde Atlanta, e nem preciso entrar para saber que vai ser problema na certa. Estamos a uma distancia razoável quando a loira franze a testa e chama minha atenção apontando para frente.

A visão é simplesmente chocante. Em meio aos destroços do que um dia foi uma grande cidade podemos ver vários e vários pontos negros que se movem lentamente. Me lembra um formigueiro preguiçoso, e por JC, está infestado de walkers de uma maneira que não dá para enfrentarmos.

Paro o caminhão e saltamos os dois para conversar com o resto do pessoal. Rick, que segura Bravinha, é o primeiro a pular para fora, seguido por Maggie, Glenn e Beth. As coisas são meio apertadas, mas nós damos um jeito de ficar da melhor forma possível.

—Qual o problema? Já se cansou Dixon?- pergunta Abraham saindo com um sorriso sarcástico e se espreguiçando.

—Na verdade o problema é que não podemos entrar naquela droga de cidade- diz Natasha encostando-se no caminhão e cruzando os braços. – De uma olhada, amigo, e vai ver que a coisa lá está um horror.

Ele fecha a cara e sobe no caminhão para ter uma visão melhor. Enquanto ele se ocupa com isso conto a situação a Rick, que imediatamente começa a procurar rotas alternativas no mapa. Não há nenhuma.

Ian avisa que temos poucas provisões, e que precisamos nos reabastecer, o que só adiciona mais um problema em nossa lista. Maggie e Tara se ocupam em usar a água armazenada para encher nossas garrafinhas, e Abraham desce enfurecido.

Não preciso prestar muita atenção para saber que ele está a poucos passos de um surto.

—Ei- o chamado de Natasha é sutil, mas não preciso de muita coisa para entende-la ou percebe-la- Eugene está estranho.

Sigo seu olhar para encontrar um Eugene nervoso e claramente amedrontado.

—Ele está com bastante medo- digo voltando os olhos para Abraham que discute, até então, civilizadamente com Rick sobre rotas.

—Está cedendo sobre pressão- diz ela com os olhos ainda fixos no cientista.

—Que pressão?- pergunta o coreano aparecendo do além. Volto minha atenção para essa conversa, querendo saber a que conclusão ela chegou.

—Não sei bem. A pressão dessa missão ser sobre ele?- ela para pensativa, mordendo o lábio e volta a concentrar o olhar em mim- Ou a pressão de estar mentindo?

—Você acha que ele está mentindo?- pergunta Glenn e ela abre a boca para responder, mas acaba voltando sua atenção para Rick e Abraham que começam a se desentender seriamente.

—Não vou levar meu grupo em uma rota suicida- avisa Rick em um tom de voz mais alto, passando Bravinha para os braços de Beth sem tirar os olhos do homem a sua frente.

—Nesse caso nos separamos aqui- meio que grita Abraham-  Eu tenho uma missão a cumprir

—Abraham é suicídio- Rosita tenta argumentar, mas ele não parece disposto a ouvir.

Stronger FeelingOnde histórias criam vida. Descubra agora