Capítulo 31

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POV Natasha

Sinto mãos me tocando de forma invasiva, meus cabelos sendo puxados e um desespero enorme e então acordo com um grito preso na garganta.  Pisco atordoada, me encontrando sentada naquele carro idiota. Um zumbi bate contra uma das janelas, mas é só.

Passo as mãos pelo rosto, esfregando os olhos e tentado tirar o corpo da sonolência típica. Não é muito difícil, levando em consideração que tive um pesadelo. 

O sol está nascendo então acho melhor seguir em frente. Visto o suporte das saís,  e pego minha nova bolsa que só tem armas dentro, saindo em seguida.

Acabo com o zumbi que anteriormente batia na janela com a faca e dou uma ultima olhada no carro com a cruz branca. Essa porcaria deveria ter aguentado mais antes de acabar a gasolina, mas me trouxe bem ao norte, oque já é alguma coisa.

 Escolho caminhar com os trilhos e fico nisso por quase toda a manhã, parando apenas para conseguir água ou comida. Não sei bem quanto tempo andei, mas em algum momento encontro uma placa estranha. “ Terminus, chegue lá e sobreviva”. Normalmente isso não mudaria nada para mim, mas logo abaixo está escrito “ Glenn, me encontre no terminus – Maggie”, então a coisa muda tudo de figura.

Observo com atenção o mapa e me dou conta de que é só ir para o norte, seguindo os trilhos, que encontrarei o tão santuário,  e pela minha localização nem estou tão longe. Aposto as balinhas que eu não tenho que Glennie já está a caminho, e com nova animação começo a andar mais rapidamente.

Já é quase noite novamente quando resolvo montar acampamento. Ou melhor, fazer um foguinho no mato, porque nem barraca eu tenho.  Não adentro muito, mas saio da parte aberta só por precaução, e logo em seguida vou e busca de lenha para a fogueira.

Ouço passos em algum lugar a minha esquerda e institivamente me escondo atrás de uma arvore qualquer, minha arma destravada pronta para acabar com quer que seja. As vozes ainda chegam até mim de forma abafada e não sei dizer quantas pessoas são. Um segundo angustiante se passa e então um deles passa ao lado de meu tronco e tudo o que faço é levantar a mão e apontar a arma para sua cabeça, que por sua vez para na hora.

—Mãos onde eu possa ver- digo seca, sem conseguir ver o rosto do cara que está - e  as armas de seus amigos no chão.

—Não mesmo- sibila uma voz familiar pra mim, que é a única coisa que me impede de estourar os miolos do cara quando ele tenta se jogar para cima de mim. Eu o chuto para trás, que acaba caindo, e um segundo depois Carl está em meu campo de visão com uma arma aponta para mim.

—Ai cacete- xingo porque é a única coisa que me vem a cabeça, e logo depois estão cercada pelos braços  do garoto. Travo a arma e o abraço de volta, apertando-o entre os braços.  Ele que já estava grande na prisão agora é praticamente do meu tamanho. –Meu deus.

—Tasha- a voz dele está embargada e ele me aperta mais- senti tanto a sua falta.

—Eu também, neném.- digo só porque sei que ele odeia que eu o chame de neném. Ao invés de ficar bravo ele ri e finalmente me solta.  E é ai que eu começo a analisa-lo- Tá machucado?

—Não, estou bem.- ele diz sorrindo para mim. Vejo Mich atrás dele com um sorriso lindo, e então me encaminho até ela abraçando-a também.

Como sempre ele fica desconfortável, mas acaba retribuindo meu abraço.

—Bom te ver inteira, branquela- diz sorrindo- Bom mesmo, Tasha.

—É claro que é , sou uma amiga e tanto- digo brincando e dando um soquinho fraco em seu ombro- Bom te ver também Mich.

Stronger FeelingOnde histórias criam vida. Descubra agora