Capítulo 13

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POV Daryl

Vejo a distância Natasha sair da prisão, indo em direção ao pátio sozinha e não consigo me obrigar a ficar aqui, então vou atrás dela. Ela está distraída, olhando para o nada e não consigo evitar de reparar o quão linda está. Ela e suas malditas curvas, seu maldito cabelo, seu maldito charme.

—Acho que tem alguém viajando- brinco e ela se vira para mim segurando um sorriso- Volta pra cá, menina.

—Menina?- pergunta com um sorriso de canto, balançando a cabeça negativamente e me hipnotizando- Achei que tivesse aprendido meu nome.

Seu nome? Garota, eu aprendi tudo sobre você, e acredite, foi contra minha vontade. Aperto os lábios e a encaro.

— Talvez – respondo dando de ombros e negando meus próprios pensamentos.  Ela começa a se inclinar e sei que vai deitar a cabeça em meu ombro como sempre faz, mas a lembrança daquele cara idiota falando com ela e recebendo um sorriso ou outro passa por mim e me afasto. Ela quase cai e me olha indignada.

—Dixon- sai como um rosnado e não seguro um sorriso divertido.

—Vá deitar no ombro do cara lá- digo a contra gosto, e ela me olha confusa.

—Que cara, maluco?- ela franze a testa e balanço a cabeça negativamente

— O capataz do governador. Tenho certeza que se pedir para entrar na cidade te aceitam na hora- ela me olha atordoada, fecha a cara e depois começa a gargalhar. Agora quem está confuso sou eu.

—Está com ciúmes, Dixon?- diz com um sorriso enorme e fecho a cara para ela. Ciúmes, aham tá.

—Está louca?

—É mesmo uma gracinha- diz ficando de frente para mim e começando um carinho em meu rosto.  Fico desconfortável, sem saber como reagir e começo a me afastar, mas algo em seus olhos me fazem parar. Não tem como fugir dela mais, não tem o que enganar. O que diabos está acontecendo? Com os olhos fixos nos dela a puxo para um beijo, ao qual ela corresponde instantaneamente. Aperto sua cintura e encontro uma brecha para entrar em contado com sua pele. Sinto o desejo tomando proporções absurdas, meu corpo reagindo sem controle.

O ar se faz necessário então me afasto de sua boca, mas sem forças para deixa-la realmente ir vou para seu pescoço, lugar que aparenta ser seu ponto fraco. Seu cheiro concentrado ali me deixa sem rumo.

—Sou muitas coisas- digo contra seu pescoço e sorrio ao ver sua pele se arrepiar- Mas uma gracinha não.

Ela inclina o pescoço aparentemente sem perceber, me oferecendo mais pele, e eu beijo o local, gostando de ve-la tão entregue a mim.

—Então são mesmo um casalzinho?-debocha Merle e assustado empurro ela para longe. Ela cambaleia para trás, tão atordoada quanto eu e meu irmão a firma no instante que ergo o braço para com essa intensão. Assim que a empurrei para longe me arrependo.

—Não, não somos nada- digo ainda confuso com a súbita interrupção, e só depois que digo isso me dou conta do que significa.

Ela me olha por um instante, balança a cabeça e some prisão adentro, e ela ter ido me deixa com uma sensação de perda. O fato de não sermos nada incomoda de um jeito absurdo e penso em ir atrás dela e dizer que somos alguma coisa, mas não sei o que dizer.

(...)

Verdade seja dita, não dormi nada essa noite. Depois da interrupção brusca, e de ter falado que eu e Natasha não somos nada eu me senti estranho. Quero ser alguma coisa, mas não sei o que é.Quero ser alguma coisa importante, mas não sei porque. Tudo isso me irritada, e me levanto xingando por entre a respiração. Merle também não perdeu sua chance de falar besteiras intermináveis para mim, merda atrás de merda.

Stronger FeelingOnde histórias criam vida. Descubra agora