Prólogo

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— Mamãe! Papai! — A garota de longos cabelos negros berrou ao chegar na porta de casa 

— Cale a boca! — O rapaz sorriu — São três da manhã! — Ele cambaleou junto a ela — Onde estão suas chaves?

— Eu deixei na casa da Mara! — Ela riu muito bêbada, enquanto batia a mão pelos bolsos da calça  jeans — Mas tem uma... — Ela parou rindo enquanto tirava a chave do bolso — Tá aqui...

— Como pode não achar essa coisa? Olha o tanto de chaveiro! — Tinham pelo menos uns três ali — Pode entrar!

— Estou bêbada! Não consigo abrir! — riu aos tropeços no salto alto

Ele abriu a porta com cuidado e a guiou até a sala.

— Não vai ficar? — Se sentou no sofá tirando os sapatos 

— Eu tenho que dirigir até o outro lado da cidade! 

— Mas você está bêbado! Durma aqui! — Ela sorriu maliciosamente 

— Durma bem Laura!

O rapaz saiu, entrou no carro cinza e começou a dirigir pela estrada. Laura olhou em volta, tudo ficava tão calmo enquanto os pais estavam viajando, lembrando deles pegou o celular e olhou as mensagens e as ligações perdidas, com um suspiro para criar coragem escreveu uma mensagem bonitinha pedindo desculpas e que já estava em casa, não tinha nada para se preocupar, só uma social na casa da Mara, se apoiando nas coisas ela subiu a escada até o seu quarto e desabou antes mesmo de chegar à cama em um pufe azul que ficava perto da porta.

Assim que ela fechou os olhos o sono pesado a levou, em seu sono profundo, não pode escutar o barulho da janela mal fechada sendo aberta, nem a figura de preto se colocando na casa, o pequeno ranger da porta do quarto a fez acordar, mas envolvida na nuvem do sono tentou voltar a dormir, até que o barulho da porta do quarto se fechando a assustou e fez seu corpo estremecer. Abriu os olhos e para a sua surpresa havia alguém sentado em sua cama.

— Pablo? Você não ia para casa? — A figura não respondeu somente se levantou e começou a andar até ela 

Laura se levantou com dificuldade, ainda um pouco desordenada, encarando quem quer que fosse na sua frente até tropeçar nas próprias pernas quase caindo com a cara no chão, a figura foi até ela e a segurou, Laura riu novamente e suspirou, achava toda aquela situação estranha e desconexa e se pôs de pé para encarar o rosto... Não era bem um rosto, uma máscara, uma máscara muito tosca.

— Quem é você? — Gritou tentando se desvencilhar 

Aquela pessoa soltou apenas uma mão, mantendo a outra apertando forte o braço de Laura, soltou-a o suficiente para buscar a faca que trazia em sua roupa. 

Foi um golpe sedento e veloz que acertou a barriga de Laura. 

Laura soltou um grito, misturando surpresa e dor, e então recebeu outro golpe, outro grito estridente se sucedeu, Laura se debateu e foi solta, quase caiu pela brusquidão que tudo acontecia, colocou as mãos nos cortes sentindo o sangue que escorria de seu próprio corpo, gritou por ajuda e amaldiçoou o quintal grande e a distância entre as casas vizinhas, tentou alcançar a porta do quarto, mas a mão voltou a segura-la e Laura foi jogada de volta ao pufe, soltando um último grito desesperado. 

Um último grito, uma última olhada uma última facada. Dessa vez a garanta da moça foi cortada, o sangue se espalhou pela roupa e os olhos de Laura estavam bem abertos enquanto ela sufocava morrendo lentamente. 

A última coisa que pode ver foi a máscara, uma máscara de unicórnio, com um chifre dourado e um sorriso reluzente.

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Laços da Morte [Concluído]Onde histórias criam vida. Descubra agora