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- Eu estou muito atrasado!?- Mateus perguntou enquanto analisava Índia

- Não, eu também cheguei agora.

- Então por que estamos aqui, exatamente?- Ele sorriu

- É que eu queria te agradecer por ter batido no Augusto e me impedido de sair correndo pela noite a fora no dia da festa.

- Aquilo não foi nada.- eles se sentaram na primeira mesa da pequena sorveteria- Você é muito legal, o Wagner te adora.

- Ele é tão legal, você também.- o telefone de Mateus começou a tocar era Augusto mas ele o ignorou- Trabalho?

- Não... na verdade quase isso.- Ele olhou em volta e encarou Índia, ela era mais bonita de perto- Vamos tomar um sorvete? Sabe... É uma... sorveteria...- Ele sentiu um frio na barriga

- Foi para isso que viemos aqui.- Ela piscou e sorriu, Mateus era lindo- Então, como foi o seu dia?

Assim que ele abriu a boca para falar, Índia se perdeu naquelas palavras, alguma coisa se remexia dentro dela, gostar de alguém que não fosse o Daniel, ela podia fazer isso, podia supera-lo, por mais que estivesse ligada a Daniel pela perseguição do unicórnio e pelo segredo que a afastou dele, podia ter outro alguém.

- Ai a minha mãe falou umas coisas sobre a parede, aquelas coisas que vocês colaram, sobre a festa...-, ela saiu de seus pensamentos e votou para ele- Lembra quando me perguntaram sobre a festa, eu acho que tenho todas as respostas.

- Como assim?

- Eu tenho as filmagens da festa...- a menina o encarou incrédula- Não faça essa cara, foi um presente de uma amiga do passado.

- O que!?- Índia riu como se fosse uma brincadeira

- Você precisa me devolver depois... Eu prometi que ia dar a Polícia.

- Claro!- as mãos soavam frio- Isso é...- Ela colocou a mão sobre a dele- Você é incrível.

- Mas... só depois de um sorvete.

Mateus piscou e Índia riu enquanto o encarava
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Mara estava deitada na cama, sem falar, sem comer, o estado de choque ainda não havia passado, a cada vez que seus olhos se fechavam, ela o via, sentia o sangue escorrer por sua pele. Sua casa estava cheia de polícias fazendo a segurança, o pai havia partido para outra viagem de negócios, a mãe estava seriamente preocupada com seu sobrenome, a partir de agora os Albuquerque seriam lembrados por uma festa mortal, era ultrajante.

- Mara?- As batidas na porta não obtiveram resposta- Estou entrando.

Suzana entrou pela porta encarando a garota sem maquiagem e de pijamas e se sentou na cama ao lado de Mara.

- Eu resolvi nosso problema, contei para a polícia tudo que eu sabia, eles vão nós proteger. O unicórnio vai nos deixar em paz Mara.

- Não vai.- a garota sussurrou

- Vai sim! Mara, a polícia vai nós deixar seguras! O investigador vai descobrir quem é aquela coisa sem mais mortes.

Laços da Morte [Concluído]Onde histórias criam vida. Descubra agora