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- Vai ficar tudo bem! Obedeça as regras e tudo dará certo!

- Estou com medo!

- Medo é para idiotas! Você não quer ser idiota, quer ser nosso amigo, neh!?

- Quero!

- Faça o que nós mandarmos!

Abriu os olhos e tentou se levantar mas o corpo pesava, como se não tivesse dormido por vários dias. Mãos tocaram as dela e então sua visão entrou em foco, Índia viu o pai abrindo um grande sorriso.

- Onde eu tô?- alguns fios a prendiam a cama

- No hospital minha linda...

- Cadê a Suzana!?- o sorriso no rosto do homem se apagou- Pai, cadê a Suzana?

- Temos muito o que conversar minha filha...

- Eu preciso falar com o Wagner ou a Mara... o Daniel...

- Eles não podem entrar aqui, sua mãe já está quase chegando, vou chamar uma enfermeira.

Antônio saiu e Índia olhou em volta, estava sozinha em um quarto de hospital, deitada em uma maca, mas porque... As imagens dançaram em sua mente, eles correndo, a escada, Suzana... A porta se abriu a enfermeira entrou no quarto.

A enfermeira mal tocou em Índia, ajeitou algumas coisas pelo quarto e checou os aparelhos, aquilo era estranho, a jovem não lhe era estranha, encarou Índia por um tempo, parecia temer então tocou no soro que estava preso ao braço de Índia, nesse instante ela percebeu, que tudo estava sendo feito errado, não era uma enfermeira.

- Quem é você!?- Índia perguntou

- Uma enfermeira.- a jovem sorriu trêmula - Como está se sentindo? E o seu... braço...?

- Mas...- Ela analisou a jovem novamente, sua pose estranha, Índia a conhecia, mas de onde? e a pergunta que mais parecia aleatória- Quem é você?- A falsa enfermeira tentou se aproximar de Índia mas a garota puxou o braço- Você não é uma enfermeira!

- E você não é uma garota! - Ela esbravejou- Você é a causa de todos esses horrores! Você é um monstro!

- O que!? Eu... Eu...- a respiração de Índia acelerou, havia acontecido algo? Porque todos estavam estranhos?

- Sua assassina!- a encarou- O que você sentiu quando matou a Suzana? Prazer? Quando a esfaqueou?

- A Suzana... eu não fiz isso...

- Você é podre, muito podre!- a jovem se aproximou dela e então Índia a reconheceu- Sua assassina!

Índia se conteve por um segundo, aquilo estava errado, por que ela estava ali!? Estava sendo chamada de assassina, mas não tinha matado ninguém! A jovem em sua frente estava processa de raiva mas qual o porquê... daquilo...

- Você vai morrer Índia! Vai pagar por tudo que fez!- gritou cada vez mais alto- Seus crimes serão julgados!

A porta se abriu, Cecília entrou pela porta e agarrou o braço da falsa enfermeira, que continuava a se debater e gritar coisas sem sentido, dois policiais as separaram e tiraram a louca dali. Índia encarou a mãe, Cecília estava abatida, com grandes bolsas em baixo dos olhos, suas roupas normais estavam amassadas e desarrumadas, o cabelo estava preso de qualquer jeito.

Laços da Morte [Concluído]Onde histórias criam vida. Descubra agora