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Na frente do espelho o corpo magro e esguio dava sinais de fraqueza, preso dentro da própria casa, coadjuvante da própria vida. A internet estava lotada de teorias, alguém havia conseguido fotos dos cadáveres e as vazado, o investigador ia de nada a lugar nenhum, a falta de pistas deixava tudo mais difícil.

- Daniel!- o pai abriu a porta sem nenhuma cerimônia- Aquele amigo seu está ai na porta, o de óculos.

- Wagner!?- o pai assentiu- Eu vou lá embaixo ver o que é.

- Sua mãe disse que não era para você sair de casa enquanto ela não voltasse.- Ele revirou os olhos- Eu vou manda-lo entrar...

Daniel sabia que o pai não ousava desobedecer a mãe e então esperou que Wagner entrasse. O rapaz subiu desajeitado com o óculos visivelmente torto no rosto, ele passou pela porta e encarou Daniel por alguns instantes.

- Oi...- Daniel o encarou enquanto sorria

- A sim... oi!- Wagner se sentou na cadeira seu rosto estava um pouco ruborizado- nós precisamos ter uma conversa séria.

- O que aconteceu agora?

- Outro ataque do unicórnio... Ele matou o Jonas...

- Jonas...? O Jonas da nossa sala?- Daniel arregalou os olhos- Como!? Quando!?

- Ele matou o Jonas na minha frente e da Índia...- Wagner tirou os óculos- Recebemos uma ligação pedindo socorro e fomos até perto da escola, o Jonas estava lá e depois...

- Não tem como ser!- pegou o celular e começou a olhar as conversas

- O que está procurando?

- Não faz mais de vinte minutos que eu falei com ele, olhe.- assim que Wagner pegou o celular, Jonas ou quem quer que fosse começou a digitar mandando um emoji de unicórnio

- Não tenho tanta certeza disso!- Ele mostrou a mensagem

- O Jonas realmente está morto!- Daniel ficou de pé, por um momento pareceu que ia gritar mas ele simplesmente parou e encarou a janela

- A Índia acha que descobriu algo que pode nos ajudar contra o assassino.... Não conseguimos falar com todos mas na casa dela, as seis.- Ele se aproximou de Daniel

- Eu...Eu não posso ir... a casa da Índia... minha mãe...

- Eu preciso ir embora, o investigador me ligou...- em um gesto desajeitado ele abraçou Daniel, talvez tentasse acalentar a dor eminentemente no rosto do rapaz e para sua supressa Daniel retribui o abraço- Vai ficar tudo bem....

- Eu não sei..- Daniel apertou ainda mais o abraço

- Eu vou embora, o investigador deve querer saber algo sobre o Raphael. Te espero na casa da Índia.- Ele sorriu e saiu

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- O registo do último morto.- Luana entregou os papéis para o jovem investigador- Eu não sei onde mais isso vai parar.

- Eu tenho uma ideia de como parar isso!- Ele pegou o papel e fechou a porta

Na sala esperando o jovem atrasado. Os assassinatos não pareciam ter ligação, eram jovens, tanto homens quanto mulheres, mortos de diversas formas, parecia que alguém estava se aproveitando de um assassinato para realizar outro e assim por diante. Sem digitais, pegadas ou qualquer coisa que levasse a um culpado era um enorme beco sem saída.

Laços da Morte [Concluído]Onde histórias criam vida. Descubra agora