William: Que tal na sexta? Conhece o Tozi?
Seus dedos bateram a mensagem antes que ele tivesse um tempo razoável para refletir se aquela era uma resposta sábia.
— Papai, eu quero pipoca doce! – pediu Charlotte.
William olhou para baixo enquanto deslizava o celular para o bolso.
— Não! – Arthur e George queixaram-se, o último acrescentando. — Pipoca doce é ruim Lottie. E só você gosta.
— Que tal eu comprar uma pequena para você e eu e os meninos dividimos uma grande da tradicional? – William sugeriu.
Ir ao cinema era um dos passatempos preferidos das crianças e eles não faziam aquilo com a frequência que gostariam porque sempre criavam um certo tumulto. As pessoas não conseguiam ver seus filhos numa sala de cinema, sendo barulhentos e impertinentes sem encarar aquilo como uma coisa normal.
Certa vez ele teve que contar até dez para não se queixar com alguns adolescentes que tiravam fotos de seus celulares. Em outra ocasião, William tinha acordado para encontrar uma matéria de pessoas que se queixavam porque George e Charlotte riam alto demais, o que era deselegante e inapropriado.
Eles são crianças, William gritou com o papel como se os editores pudessem ouvi-lo.
— Papai, eu estou tão feliz por você ter nos pegado na escola hoje e nos trazido ao cinema. – Charlotte dizia segurando sua mão. — Devíamos fazer isso todos os dias.
William riu e beijou sua cabecinha. Ele adorava os comentários inocentes de Charlotte, de como a mente dela trabalhava de forma muito diferente a dos irmãos.
— N-não consi-sigo enxer-ga-gar, Georgie.
— Aqui, Artie, troca de lugar comigo.
Acenou com a cabeça positivamente para George que agora estava ao seu lado e encostou a cabeça em seu ombro.
— Como estão as multiplicações? – perguntou genuinamente interessado.
— Tirei A+ em matemática.
— Parabéns! – disse com um sorriso. — Sua mãe te ajudou a estudar?
— Não. Eu não preciso mais de ajuda para estudar.
Se contentou com a resposta e também não pôde dizer mais nada. As luzes se apagaram e os trailers começaram a passar. Ao seu lado e a cada trailer que passava, Charlotte pulava na cadeira dizendo que queria assistir aquele filme.
William acabou prometendo que assistiria todos.
Na hora dos avisos foi que se lembrou que seu celular não estava no silencioso. Tirou-o do bolso e viu que era a resposta da jovem mulher de quem tinha recebido uma mensagem naquela tarde.
Crystal: Claro. Apenas diga o horário.
Balançou a cabeça negativamente. Não sabia o que estava pensando ao responder aquelas mensagens ou até em fazer o convite para jantar.
Na verdade, ele sabia bem o que estava pensando. As fotos dela eram extremamente convidativas, William não se lembrava da última vez que tinha saído com uma mulher tão bonita. William também ficou um pouco surpreso que uma mulher daquele porte pudesse ter o menor interesse em alguém com a aparência de Van aliada a seus próprios interesses monótonos.
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The Other Woman
RomanceCrystal Sinclair é uma advogada nova-iorquina, nascida e criada em grande estilo na alta sociedade de Manhattan. Após o fracasso de seu relacionamento com um jovem ambicioso, ela aceita um trabalho em Londres e decide apostar na cidade da Rainha par...