— Quando foi que você comprou isso?
Eles estavam deitados no chão da sala, de frente para a lareira e meio bêbados de vinho. Haviam feito sexo lento embaixo dos cobertores, sem sacanagem sussurrada no pé do ouvido, algo muito diferente do que eles fariam normalmente.
— Em St. Tropez. — William murmurou beijando sua mão.
— Antes da nossa briga?
— Sim.
— Não quis devolver depois?
— Nem por um minuto. — William disse tocando em seu rosto. — Me senti um panaca na verdade. Porque eu também comprei pensando em te dar naquela viagem, mas depois de ter agido como um completo imbecil achei que era melhor guardar o anel por um tempo.
Crystal rolou para cima dele e encostou seus lábios aos de William. Seu corpo se arrepiava sentindo as mãos grande e calejadas em seu corpo. William deu um tapinha amigável em seu traseiro.
Ela acariciou o rosto dele antes de dizer.
— Eu te amo.
Antes Crystal dizia aquilo o tempo todo. Para Ethan em especial ela dizia a cada três frases.
A cada despedida. A cada retorno. A cada briga. A cada entendimento. A cada mensagem de texto.
Com William ela havia aprendido a valorizar muito mais o teor daquelas três palavras. Eles a guardavam para momentos especiais.
— Eu também te amo. — William disse segurando seu queixo e a beijando.
Eles concordaram que não havia pressa para fazer um anúncio, embora William tivesse dito que ela podia contar aos pais se quisesse.
Crystal decidiu que contaria quando fosse visita-los em Nova York no natal. Mas aquilo a fez perceber que William, ignorando as próprias crenças, não havia pedido sua mão ao seu pai.
— Você não pediu minha mão ao meu pai. — provocou-o.
— Eu pedi. — William resmungou. — Ele disse não.
Ela arregalou os olhos.
— Quando...?
— Eu liguei para ele. — William explicou. — Pedi Miguel para conseguir o telefone e então quando eu disse a você que eu estava em Gales, na verdade eu estava em Nova York tentando convencer seu pai a me deixar casar com você.
Crystal abriu a boca, mas nenhum som saiu.
— Ele não concordou. Disse que a decisão caberia a você no fim das contas, mas que ele não concordava que eu me casasse com você.
— Isso foi quando?
— Cerca de uns dois meses atrás. — William respondeu. — Desculpe não ter dito. Mas imagino que seu pai não tenha contado nem para sua mãe... ele deve realmente ter acreditado que me desencorajaria.
Ela saiu de cima de William e se sentou.
William se sentou ao lado dela e passou a coberta por seus ombros para que ela se mantivesse aquecida.
Crystal sempre havia sido uma menina obediente. Ela gostava de testar os limites na adolescência, mas no fim das contas ela sempre foi a menina de notas boas, graduada com resultados ótimos nas duas faculdades que escolheu fazer.
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The Other Woman
RomanceCrystal Sinclair é uma advogada nova-iorquina, nascida e criada em grande estilo na alta sociedade de Manhattan. Após o fracasso de seu relacionamento com um jovem ambicioso, ela aceita um trabalho em Londres e decide apostar na cidade da Rainha par...