— Crystal! Olha como meu cupcake de unicórnio está ficando lindo! — disse Charlotte a puxando.
Sentados na mesa de sua cozinha se encontrava Crystal com George, Charlotte e Arthur. Cada um deles decorava seus cupcakes para aquela noite.
— Está mesmo. — elogiou com um sorriso e beijou sua bochecha gordinha. — Você é uma menina caprichosa.
— Sim, eu sou.
Crystal não havia ido trabalhar naquele dia. Ela havia se sentado pela manhã na sala de televisão, afastado seu sofá, sua mesa de centro e decorado a sala toda com serpentina, lanternas, bexigas e disposto as cabanas que William havia montado na noite anterior para adiantar o trabalho.
Pela tarde ela foi ao supermercado para comprar tudo que precisava para fazer espaguete para o jantar, massa de cupcakes e confeitos para decorá-lo. Após, ela havia dirigido para casa para esperar pelas crianças que tinham sido levadas por Kate e a babá.
Elas estavam obviamente ansiosas e Kate também parecia um pouco preocupada. Aquela era a primeira vez que Crystal ficaria sozinha com as crianças, normalmente William sempre estava por perto e ele era quem controlava a situação quando as coisas fugiam do controle e Charlotte começava a fazer pirraça e George era um irmão mais velho maldoso.
Entretanto, embora Kate tivesse repetido milhares de vezes que Crystal poderia ligar se precisasse de ajuda, as crianças estavam sendo incrivelmente colaborativas. Eles nos primeiros instantes pareciam empolgados por estarem num lugar diferente, mas depois se aquietaram, comeram quando Crystal os chamou para lanchar e não deram nenhum problema na hora do banho.
Ela já havia assado os cupcakes quando as crianças tinham chegado. Dando a eles a tarefa de somente enfeitá-los, o que eles estavam achando tremendamente divertido porque eles podiam usar de suas criatividades e sujar as mãos.
— Crystal. — George chamou seu nome para ter sua atenção. Ao passo que Crystal ergueu o rosto para olhá-lo, ele emendou. — Hoje eu ajudei um amigo na escola.
— É mesmo, George? — indagou enquanto ajudava Arthur com o chantilly. — Me conte mais a respeito.
Arthur sorriu adoravelmente para Crystal, com seu rostinho sujo de chantilly e exibindo seu primeiro cupcake. Os dois fizeram highfive e colocaram na bandeja enquanto Crystal apontou para que ele começasse o próximo.
— Bem, ele me disse que seus pais estavam se divorciando. — George começou num tom afetado. — O que é ruim.
Crystal acenou com a cabeça enquanto limpava o doce do rosto de Arthur.
— Mas ele estava mais triste porque o pai dele iria se casar com outra mulher e que essa mulher estava grávida. — prosseguiu o menino, enquanto mergulhava seu cupcake em chantilly de morango. — Ele disse que estava com medo que sua madrasta fosse como as dos livros e filmes.
Ela apurou bem seus ouvidos e olhou para George com atenção.
— Eu disse a ele que nem todas as madrastas são más. — explicou George. — Contei que você é uma pessoa muito doce e legal, que nos dá presentes e cozinha muito bem. Eu disse também que não acharia ruim se você e o meu pai tivessem um bebê. Éramos para ser quatro de qualquer forma, mas meu irmãozinho precisou ir para o céu cedo demais.
Engoliu em seco.
Ok, aquilo não era nada demais. George havia dito a um coleguinha de sala que o pai dele tinha uma namorada. Ele não era a primeira e única criança que era filho de pais divorciados.
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The Other Woman
RomanceCrystal Sinclair é uma advogada nova-iorquina, nascida e criada em grande estilo na alta sociedade de Manhattan. Após o fracasso de seu relacionamento com um jovem ambicioso, ela aceita um trabalho em Londres e decide apostar na cidade da Rainha par...