CAPÍTULO 11

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— Você quer ficar? — Crystal perguntou baixinho, tocando o rosto sonolento de William.

Eles estavam embaixo de cobertores, mas ainda deitados no tapete da sala. William já estava com os olhos fechando, mas sorriu preguiçosamente antes de responder.

— Parece que eu vou a algum lugar? — perguntou-a em tom rouco.

— Devíamos dormir na cama então. — brincou Crystal, roçando seus narizes. — Você não tem mais idade para dormir no chão. Amanhã não vai conseguir se levantar.

— Outch!

Crystal riu quando o sentiu se jogar em cima dela de novo e gemeu com o peso dele sobre seu corpo. Não teve tempo de reclamar, porque a boca dele cobriu a dela num beijo suave e a mão dele era atenciosa e carinhosa ao acariciar seu rosto.

De repente William estava de pé, nem um pouco constrangido por estar completamente nu diante dela.

— O que foi? — ela perguntou confusa.

Mas não ganhou resposta, só gritou quando William a puxou para ficar de pé e simplesmente a içou sobre os ombros.

— O que você está fazendo?!

— Vou te mostrar o velho. — ele disse batendo em seu traseiro.

William não pretendia passar a noite na casa de Crystal. Ele não pretendia mesmo, mas qual foi sua surpresa ao acordar ao lado dela na manhã seguinte.

Quando ele abriu os olhos, a primeira coisa que viu foi o cabelo iluminado de Crystal espalhado sobre o travesseiro. A segunda foi um teto diferente do seu quarto e a terceira coisa foram flashes da noite anterior.

Se lembrou de transar com Crystal no tapete da sala, de içá-la em seus ombros e subir com ela para o quarto. Lembrou também de tomarem banho juntos, de fazerem outra rapidinha embaixo da coberta quando já estavam sonolentos demais para serem barulhentos, mas insaciados com o quanto de prazer poderiam obter em uma transa só.

Precisaram de duas, William se lembrou rindo e esfregando seu rosto. Ele parecia ter vinte anos outra vez.

Rolou no colchão até estar perto dela. Esfregou-a no braço e beijou seu ouvido.

Crystal reclamou baixinho, mas abriu os olhos para ver William sorrir de lado.

— Bom dia. — ela disse coçando os olhos.

— Bom dia. — William falou numa voz rouca, beijando o ombro dela. — Olha, eu preciso ir.

— Eu imaginei que sim. São quantas horas?

— Quase sete.

— Eu saio as nove para trabalhar. Não quer mesmo ficar? — perguntou Crystal agora se virando para ele. — Podíamos ter um segundo round.

Ela encostou o rosto em seu peito e tornou a fechar os olhos. William riu levemente, inconsciente que o chiado em seu peito trazia tanto conforto e paz para Crystal.

— Não posso. E você deve ter se esquecido que tivemos o segundo round noite passada... — William comentou passando a mão no cabelo dela.

— Mas é tão cedo. Está tão frio lá fora.

Crystal não respondeu, ela apenas abriu um dos olhos e disse com um muxoxo 'só não me faça levá-lo até a porta'.

William se aprontou rapidamente. Precisando descer as escadas para encontrar suas roupas já que havia passado a noite completamente nu.

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