CAPÍTULO 58

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                        William não quis que os filhos o vissem no hospital, então ficou combinado que antes de voltarem para Gales as crianças iriam até a Clarence House para ver o pai.

Três dias após acordar, William finalmente tinha recebido alta. Ele saiu do hospital numa cadeira de rodas e foi recebido com animação pelos civis que o aplaudiam e gritavam seu nome. A cadeira dele era empurrada por um oficial de proteção e Crystal caminhou ao lado da cadeira o tempo todo e mantendo uma mão no ombro de William.

Reunindo a pouca força que tinha, William sorriu e acenou para as pessoas enquanto era levado até o carro. Os paparazzi faziam perguntas, mas tanto ele quanto Crystal não se sentiam a vontade para dizer nada, então incumbiram Miguel e Jaime de dar algumas palavras para o público.

Quando chegaram ao carro, Crystal ficou por perto para se certificar que William não precisava de ajuda para subir. Ele felizmente conseguiu fazê-lo sozinho, em parte para evitar que a imprensa fizesse grande coisa do assunto, mas também porque ele estava testando os próprios movimentos e força.

Ela deu a volta no carro em meio a civis que gritavam seu nome e fotógrafos disparando flashes em seu rosto. Abriu a porta e entrou no lado livre.

— Tudo certo, madame? — perguntou o oficial de proteção.

— Sim. Eu acredito que sim. — respondeu enquanto se voltava para William. — Está tudo bem? Podemos ir?

A mão dela tocou o rosto dele num carinho. Os pontos do corte no rosto já haviam sido retirados e agora estava uma cicatriz em relevo no local. Crystal já tinha beijado aquela cicatriz várias vezes enquanto William dormia.

— Sim. Eu acho que sim. — William concedeu.

Câmeras capturariam o momento que o Príncipe de Wales beijou o pulso da noiva dentro do carro, seria uma imagem escura e meio embaçada, mas que iria viralizar na internet.

— Mal posso esperar para voltar a Gales. — William disse em tom cansado. — Quero ficar sozinho com você e longe de hospitais.

— Você quer mesmo voltar para Gales?

— Sim. — William respondeu. — A Clarence House tem muitos empregados, muitas escadas e tudo é muito longe. Eu preciso de sossego.

Crystal acenou com a cabeça e deitou delicadamente a cabeça no ombro de William.

O percurso para a Clarence House foi lento. William estava ficando enjoado por causa da medicação e ainda sentindo uma incômoda falta de ar. Eles pegariam um jato naquela noite mesmo para Gales.

Crystal decidiu avisar que as crianças estavam na Clarence House para fazer uma surpresa.

— Eu imaginei. — William respondeu. — Quanto eles sabem?

— Kate e eu combinamos que você explicaria a eles o que aconteceu. — Crystal disse. — Até então eles acham que você teve que ir para o hospital porque se sentiu mal.

Ele acenou com a cabeça.

— Conseguiram manter George longe da internet e da televisão? — William indagou um pouco surpreso.

— Kate fiscalizou de perto. Ela disse que nenhum deles sabe o que aconteceu.

— Será que eles vão se assustar? — William disse num tom como de quem estava pensando em voz alta.

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