CAPÍTULO 14

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                        Era fevereiro e fazia um mês que William e Crystal estavam se encontrando. Eles adquiriram uma espécie de rotina, ainda que eles não fossem sérios. Se resumia a basicamente se encontrarem pelo menos umas três vezes por semana, e nos fins de semana que William ficaria com os filhos ele compensaria passando as noites na casa dela.

Naquela manhã ele acordou com um genuíno mau pressentimento. Apenas se confirmou quando Miguel foi a sua mesa e comentou que as pessoas tinham a impressão que ele estava saindo com alguém.

Revirou os olhos, aborrecido. Não importa quão discreto fosse, parecia que ainda era impossível se encontrar com uma mulher interessante sem virar notícia.

Naquela noite ele finalmente sairia com Crystal pela primeira vez. Era dia dos namorados e embora eles não fossem nada oficial William disse que finalmente a levaria para sair, já que todos seus outros jantares e encontros acabaram mal.

Mas eles não iriam sozinhos. Van iria acompanhá-los, William comentou com Crystal que ele era o cara com quem ela havia se encontrado.

— Ele é um nojo. — Crystal disse com uma careta enquanto eles faziam o jantar.

Oh, aquele era um ritual que William amava. Preparar o jantar com Crystal todas as noites, especialmente quando eles acabavam fazendo sexo na bancada e deixando o risoto cozinhar demais.

Ele havia tido que comprar uma calça de yoga nova para ela, porque William havia rasgado duas! Ele simplesmente não podia se controlar com quão tentador o traseiro dela parecia naquelas calças. Quando dava por si estava a debruçando na bancada, rasgando o tecido e investindo seu membro dentro dela.

William adorava que ela não era nem um pouco vergonhosa. Crystal era na verdade uma mulher muito sexual, ela gostava de sacanagem estranha e não se importava de compartilhar fetiches. Ela não se enjoava quando ele ficava contando e beijando suas pintas, seus dedos e as feridinhas do calcanhar.

Se antes a vida de William era um tédio, agora ela era cheia de emoção. Crystal o fazia mais vivo, ele adorava a forma como se sentia jovem e imponente ao lado dela. Gostava também de como ela era inteligente, sofisticada e divertida.

Adorava escutar seu sotaque nova-iorquino, achava graça quando ela dizia bolacha ao invés de biscoito, banheiro ao invés de toalete, apartamento ao invés de flat. Também gostava de vê-la trabalhar, com os óculos de grau e tão concentrada no que estava lendo.

William brincou que um dia se infiltraria numa das audiências dela para vê-la em ação.

— Você não vai mais gostar tanto de mim. — Crystal disse passando o pé em seu montinho de pelos aglomerados no peito.

Oh, eles também passavam muito tempo na banheira dela conversando e bebendo vinho.

— Por que não? — William perguntou curioso.

— Vai ver meu pior lado.

— Pensei que já tivesse. Você não é nenhuma flor pela manhã.

Riu se lembrando que Crystal o encheu de mordidas depois. Ele ainda havia uma marca dos dentes dela em seu flanco. Ah sim, ela também gostava de incomodá-lo por estar "gordinho".

— Você é um gordinho delicioso.

— Como assim?

— Você está com uns quilinhos a mais na medida certa. — explicou Crystal apertando o traseiro dele. — Só te deixa mais gostoso. Não gosto de homens malhados.

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