The Other Woman

CAPÍTULO 17

N/A: Atenção! O caso em questão foi retirado de um episódio de Suits.

Crystal não conseguia nem se lembrar de quando foi a última vez que ela tomou um café da manhã de verdade, mas desde que sua mãe havia chegado em sua casa, todos os dias quando ela descia as escadas, Crystal sentia o cheiro de café, bacon, ovos e todos os tipos de aperitivo.

— Parece que eu engordei uns três quilos desde que você chegou. — comentou puxando uma banqueta para si.

— Você está muito magrinha. — comentou Taylor. — Estou dando pontos nas suas saias, porque elas ficam folgadas demais na cintura.

Sorriu e agradeceu baixinho enquanto se servia de café.

Taylor Sinclair era jovem, atraente e nem de longe parecia mãe de uma advogada bem-sucedida de trinta e dois anos. Quando elas andavam na rua, as pessoas a confundiam como irmãs.

Crystal, quando era adolescente, costumava ter ciúmes da mãe. De como ela podia ser elegante, bonita e atraente ao passo que ela não era nada demais aos próprios olhos. Se lembrava de morrer de vergonha de quando sua mãe aparecia de surpresa no colégio, após voltar de uma de suas longas viagens em busca dos seus preciosos tesouros, vestindo roupas de academia ou vestido colado.

Bem, hoje Crystal ficava esperançosa quando via sua mãe com cinquenta anos e ainda tão atraente quanto quando tinha a idade dela.

— Não posso demorar. — disse com a boca meio-cheia. — Tenho que resolver um pepino.

— O que aconteceu? — perguntou Taylor ansiosamente.

Crystal riu. Sua mãe parecia achar que sua vida era um episódio de Suits.

— Lembra que ontem eu cheguei tarde? Pois é, tive que ir atrás de um cliente que ficou de passar no escritório para falar comigo. — explicou Crystal. — Ele marcou comigo num cassino.

— Que bárbaro!

— Mãe, não é nada de bárbaro. Ele é um viciado em jogos. — Crystal disse revirando os olhos. — Estava podre de bêbado e apostou a própria empresa.

— O quê?!

Crystal narrou o caso detalhadamente, de como Joe era viciado em jogos e que estava sempre fazendo apostas estúpidas segundo seus colegas de trabalho. Ela explicou que teria que ajuizar uma ação para impedir que o homem perdesse a empresa.

— É causa ganha praticamente. — Crystal disse revirando os olhos. — Não havia ninguém para assisti-lo, mas vai dar uma dor de cabeça porque o juiz é um mala e ninguém gosta do Joe.

— Bem, você vai ganhar. Como sempre.

— Eu sei.

Tinha três dias que Taylor estava hospedada na casa de Crystal. Sua única filha a ligou durante a madrugada, chorando e pedindo para que ela pegasse o próximo voo para Londres.

Quando Crystal era pequena, Taylor não teve o privilégio de poder ser mãe dela de verdade. Ela e o marido sempre gostaram de aventuras e eles também queriam decolar no ramo de antiguidades. Eles ganharam dinheiro, ganharam fama e conheceram o mundo inteiro. Quando Crystal era pequena, ela usava uma pulseira e cada uma delas trazia um pingente dos lugares que Taylor e Sean haviam conhecido.

Mas eles haviam conhecido, Crystal não. Ela passou todos os anos com os avós, esperando ansiosamente por ligações ruins e chiadas apenas para receber um boa noite.