CAPÍTULO 27

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— Crys, nós vamos nos atrasar.

— Ninguém é pontual em Nova York, William.

Revirou os olhos e continuou a assisti-la. Ainda de roupão, com rolinhos no cabelo e fazendo a maquiagem com tanta calma que nem parecia que eles tinham que estar no bar do hotel em alguns minutos.

Ela finalmente se levantou, tirou o roupão e revelou um tubinho rosa pink que acentuava bem ao seu tom de pele. O material dele era completamente comprimido ao seu corpo e realçava muito bem aquelas curvas bem distribuídas.

— A calcinha hoje é de vovó. — Crystal disse com pena. — Estou com a bundinha mole porque parei de andar a pé e dirigi seu carro para todo lado no último mês.

— Sua bunda está ótima. — William garantiu. — Mas eu não me importo com calcinhas de vovó. Eu gosto delas.

Crystal riu e revirou os olhos.

— Vou fingir que acredito. — ela debochou, soltando os rolinhos do cabelo.

— Acho que você não faz ideia, faz? — William suspirou.

Não, ela não fazia ideia do que ele estava falando.

— Como assim? — Crystal indagou.

— Você não precisa fazer nada para ficar mais bonita, Crys. Você é deslumbrante até de pijama as seis da manhã.

— Não seja falso. Você mesmo disse que eu sou o diabo pela manhã. — Crystal riu.

— Você é mal-humorada. Você é o diabo de chata, não o diabo de feia. — explicou-a. — Algumas mulheres são de arrepiar pela manhã. Conheci poucas garotas que são como você... naturalmente bonitas.

Ela sorriu e piscou.

— Que honra. Quem além de mim?

— Minha mãe. — William disse imediatamente — Ela era bonita. Muito bonita.

Crystal já tinha visto fotos da mãe dele evidentemente. Ela se vestia muito bem, tinha um corpo sarado e era realmente linda.

— Como foi ter uma mãe que todos seus amigos gostariam de pegar?

William fez uma careta.

— Não foi fácil, eu te garanto. — ele riu. — Mas era engraçado as vezes, porque eles ficavam vermelhos quando ela falava com eles ou os beijava nas bochechas.

Crystal sentiu um aperto no peito. Era sempre assim que ela se sentia quando William falava da mãe, porque ele podia ter quarenta anos mas ainda havia o brilho desolado de um menino.

Ela só queria poder ter o conhecido antes para cuidar dele e de seu coração partido pela primeira mulher que o machucou.

— Sua mãe é linda. — William disse. — Mas não como você. Digo, vocês duas são idênticas, mas a sua mãe ainda precisa se esforçar para parecer agradável aos olhos.

— Como isso é possível?

— Eu não sei. Talvez seja bronzeamento artificial demais.

Crystal riu e balançou a cabeça negativamente.

Ela foi até sua caixa de joias e pegou os brincos Dior que William havia a presenteado. Eles não saíam mais de suas orelhas, porque pareciam ir bem com absolutamente tudo.

The Other WomanOnde histórias criam vida. Descubra agora