CAPÍTULO 28

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— Eu acho que você deveria ir sozinha.

Crystal não gostou da resistência de William para comparecer ao almoço de seus pais.

— Mamãe incluiu você ao buffet. Nem precisaremos cozinhar mais. — disse Crystal enquanto tomavam café da manhã.

Eles tinham acordado cedo com uma ligação de Taylor. Ela insistia para que os dois ainda comparecessem no almoço do aniversário de casamento.

William cruzou as pernas e coçou a testa indeciso. Aquela não era uma briga que queria comprar depois de ter feito um sexo excelente na banheira. Ele ainda estava com as pernas úmidas e seu roupão branco para se lembrar.

— Além do mais é uma oportunidade para o meu pai se desculpar com você.

— Por que diabos acha que seu pai vai se desculpar, Crys? — indagou-a.

— Porque ele sabe o quanto o que aconteceu ontem me aborreceu.

Ela se levantou e passou para o colo dele. William começou a tentar despi-la de novo, mas Crystal empurrou a mão dele do laço de seu roupão.

— Você só ganha algo se for comigo para o almoço.

— Eu não quero ir passar vergonha na frente dos seus avós, Crys. — William suplicou como uma criança pirracenta.

Crystal fez beicinho e William tombou a cabeça para trás. Sentiu-a começar a pregar beijos em seu pescoço e dizia o quanto ele a faria feliz se fizesse um esforço para acompanhá-la.

— Se eu for... — William começou. — Vai ser com condições.

Ela já tinha começado a desamarrar o roupão quando William riu e disse que não tinha nada a ver com sexo.

— A primeira delas. — William pontuou com os dedos, fazendo Crystal olhá-lo. — Se conseguirmos a autorização para vivermos juntos, você vai me deixar pagar suas despesas.

— Não. Isso é injusto.

— Não, não é. Você não tem oficial de proteção, Crystal. Você vai ser uma pessoa que acontece de alugar um quarto na casa, só isso. — William disse firme — Até porque eu não quero que você deixe de pagar o aluguel da sua casa. Eu sei o quanto gosta daquele duplex. Vamos fazer uma experiência, você mantém seu apartamento para caso não se adapte a viver na Clarence House.

Crystal mordeu o lábio inferior.

— Ok. Mas eu faço a compra do mês. — Crystal insistiu.

— Não.

— Eu tenho que pagar por algo!

— Mantenha o apartamento. Pague seus gastos pessoais.

Ela não estava gostando daquilo, mas continuou escutando.

— Segunda coisa: você vivendo comigo poderá pegar um dos meus carros particulares para ir trabalhar. Pare de gastar seu dinheiro todo com táxi! Você tem carteira de motorista!

— Eu não gosto de dirigir. — ela explicou. — E no banco de trás eu posso trabalhar.

— Você precisa criar o hábito de dirigir. — William insistiu. — Eu nem sempre posso te levar aos lugares e eu vi o quanto você gastou com Uber. Aquilo é surreal!

— Ei! Você andou mexendo na minha fatura?

— Eu não mexi. Eu fui pagar sua fatura pela internet, está lembrada? Lá apareceu o extrato dos seus gastos e eu fiquei horrorizado com a quantidade de dinheiro que você gastou andando de Uber.

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