Emma

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O dia seguinte chegou e eu continuei a trabalhar com Penélope sobre o desfile. Meu celular vibrou atraindo minha atenção. Era uma mensagem de um numero desconhecido.

"Emma está bem, teve apenas uma contusão, mas ficará em observação por 24 horas. Eduardo"

Sorri de lado ao saber que ela estava bem, mas fiquei curiosa para saber porque o policial me mandou uma mensagem de seu número.

"Obrigada por avisar. Estava preocupada com ela. Chloe"

Bloqueei a tela deixando meu celular de lado e voltando a ver o projeto da passarela. Só que eu não conseguia me concentrar, meus pensamentos estavam no bebê. Me levantei fechando o computador e pegando minha bolsa.

—Mãe! Vou sair. — disse na porta sem esperar ela responder. Entrei no carro que eu tinha alugado para ficar aqui e dei a ré.

Vinte minutos depois, eu estava no estacionamento do hospital. Peguei minha bolsa e desci do carro, travando em seguida. Entrei no hospital e olhei para os lados. Andei ate a recepção.

—Pode me dizer onde fica a pediatria? — perguntei ao recepcionista.

—Segundo andar, ala norte.

—Obrigada. — Me afastei do guichê e fui até o elevador.

Levou um tempo até eu achar a ala norte do segundo andar. Andei lentamente pelos quartos procurando a bebezinha.

—Posso ajuda-la? — uma enfermeira perguntou e eu engoli a seco.

—Ela está comigo. — Alguém disse e eu me virei para o outro lado do corredor vendo o policial. A enfermeira se afastou. — Poderia ter avisado.

—Nem eu sabia que vinha. — Ri fraco. — Queria ver ela.

—Vem comigo. — Segui ele pelos corredores até chegar no quarto em que a bebê estava. — Ela está dormindo agora.

Parei próximo ao berço vendo ela dormindo de bruços.

—Ela é linda. — falei admirando a criança branca, com as bochechas rosadas e o cabelo ralo loiro.

—É sim. Estamos tentando achar os pais dela. Até lá ela vai ficar em um abrigo.

—Isso é uma pena. — Olhei para o homem ao meu lado e sorri minimamente.

—É o sistema. — Suspirei voltando a olhar para a menina.

—Não entendo porque alguém faria isso. Eu daria tudo para ter meu filho e essa pessoa jogando fora o dela. — Senti meus olhos enxerem de lagrimas, fechei os mesmos evitando que as lagrimas descem.

—Eu sinto muito. — Eduardo tocou meu ombro tentando me confortar.

—Tudo bem, já tem quatro anos que isso aconteceu. — disse me virando para ele.

—Então, você é casada? — ele olhou dentro de meus olhos, ri fraco negando com a cabeça.

—Divorciada, a quatro anos. O casamento não resistiu a morte do nosso filho.

—Você se casou com 18 anos? — abaixei a cabeça envergonhada.

—Com 22 anos. E você? — levantei a cabeça observando ele.

—Sou solteiro, nunca fiquei noivo. Ninguém nunca me manteve interessado por tanto tempo. — Ri fraco.

—Sei como é.

—Como está a pequena Emma? — olhei surpresa para a pessoas atrás do policial. — O que faz aqui? — Nicolas me olhou tão surpreso quanto eu.

The Marriage Contract - 2 TemporadaOnde histórias criam vida. Descubra agora