Alfredo me deixou na porta de casa, pedi para ele ir embora sem entrar, não sabia como estavam as coisas lá dentro. Toquei a campainha e a porta foi aberta pelo meu pai, sorri largo e o abracei.
— Achei que iria demorar mais. — ele falou me soltando.
— Vim no primeiro vôo. — disse segurando a mala e entrando na casa.
— E suas lojas? — perguntou preocupado.
— Sinceramente, não sei. Mandei apenas uma mensagem para Clarice e Manu, depois que o senhor desligou, nem sei se elas viram.
— Não pode ser assim, você tem responsabilidades. — Assenti e suspirei.
— Eu sei, mas eu não poderia demorar a vir. Cadê a mamãe? — perguntei mudando de assunto.
— Resolvendo as coisas para o funeral, assim que ela chegar vamos para a casa da sua vó.
— Como o senhor está? — questionei me aproximando dele.
— Estou bem, filha. Só preocupado com sua mãe. — sorriu de lado e colocou as mãos no bolso.
Deixei a mala ali indo para a sala. Meu pai me acompanhou se sentando do meu lado.
[...]
Parei o carro na frente da casa da minha vó, todo meu corpo arrepiou ao estacionar o carro. Segurei a respiração apertando o volante e a soltei lentamente. Escutei a porta do carro bater e olhei para o meu lado, meu pai desceu do veículo e foi ajudar minha mãe.
Respirei fundo e sai do carro indo até o porta malas pegar as coisas. Travei o carro e segui para dentro da residência, fechei a porta atrás de mim e olhei para o local me lembrando de tudo que já tinha vivenciado aqui. Meus olhos se encheram de lágrimas, ao escutar passos, as enxuguei e me virei.
— Sua mãe se deitou. O calmante está fazendo efeito. — meu pai falou terminando de descer as escadas.
— Isso é bom. Vou ajeitar as coisas no lugar dela. — falei olhando para os lados, não sabia o que fazer.
— Tudo bem, Chloe. Eu faço. — ele tocou meu ombro tentando me confortar. — Já passei por isso, você não precisa fazer nada. — abracei ele, o mais forte que conseguia. — Não é um bom momento para você, sabemos disso. — assenti lentamente, tentando não chorar.
— Vou dar uma volta. — disse me afastando dele e saí antes que pudesse dizer algo.
— Chloe! — a voz de Alex me fez parar na frente do carro e virar meu rosto para ele.
— Alex. — disse sem ânimo, me virando para ele.
— Sinto muito! — ele disse me abraçando.
— Obrigada. — falei me afastando dele, coloquei minhas mãos no bolso da calça e fitei a calçada.
— Para onde ia?
— Não sei, não consigo ficar aqui. Eu não posso ajudar, minha mãe tomou vários calmantes. Eu me sinto tão culpada. — respondi deixando as lágrimas saírem. Me encostei no capô do carro abaixando minha cabeça.
— Que tal irmos para meu apartamento? — ele sugeriu e eu assenti, estendi a chave do carro para ele e dei a volta.
Entrei no carro colocando o cinto, Alex fez o mesmo e seguimos para seu apartamento, no centro da cidade. Desci do veículo logo após Alex e dei uma olhada no local, não parecia muito moderno, nem limpo.
— Vem, é por aqui. — Alex falou apontando para o portão. Andei atrás dele para o prédio, subindo as escadas até o quarto andar, apartamento 4E. Ele abriu a porta e fez um gesto para que eu entrasse.
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The Marriage Contract - 2 Temporada
FanfikceEm quatro anos muitas mudanças podem ocorre não é mesmo? Não foi diferente com Chloe e Justin, desde o divórcio muitas coisas mudaram menos uma. Eles não queriam se ver. Mas legalmente ainda estavam juntos, e precisavam desfazer isso. Mas mesmo q...