Encontro

666 27 6
                                    

Minha mãe resolveu tirar umas férias de seu emprego para cuidar do meu pai, o que me deu um dia no salão me preparando para meu encontro. Eu não tive muitos encontros, afinal tive desastres amorosos que me fizeram recusar amar novamente. Por isso, o encontro dessa noite me deixava bastante ansiosa e amedrontada.

—Eu não sei o que vestir. — Me joguei de costas na cama, enquanto Felícia mexia nas minhas coisas.

—É tão fofo você está em pânico com um encontro. — Alisson falou me fazendo revirar os olhos.

—É tão chato vocês estarem tirando sarro da minha cara. — falei apoiando meu corpo em meus braços para olhar as três.

—Deixa de ser chata, Chloe. Você tem que experimentar esses vestidos. — Felícia estendeu as cruzetas na minha direção e eu as peguei indo até o banheiro para experimentar cada um.

—Como ele é? — Juliana perguntou e eu sai do banheiro com o primeiro modelo.

—Loiro e olhos azuis. — disse dando uma voltinha para elas olharem o vestido.

—Próximo! — Felícia disse e eu voltei para o banheiro.

—Loiro como a Felícia ou loiro como o Justin? — revirei os olhos sabendo o que ela queria saber.

—Como a Felícia. — respondi alto e sai do banheiro com o próximo modelo.

—Não entendo para que você precisa da nossa ajuda. — Alisson me olhou e eu sorri envergonhada.

—Ainda não entendeu que ela não sabe o que vestir para o encontro? — Felícia a olhou como se olhasse para alguém retardado.

—Ela está nervosa. Na faculdade ela só teve três encontros. — Juliana falou e eu suspirei.

—E nesses quatros anos só tive um encontro.

Levou duas horas até eu estar finalmente pronta. Um vestido azul escuro sem mangas e com as alças até o pescoço, que possuía rasgos com falsa transparência. Um salto alto preto completava o look.

Meu celular vibrou e pela cara que Juliana fez, deduzi que Eduardo tinha chegado.

—Boa sorte! — ela falou estendendo minha bolsa, respirei fundo sentindo meu coração disparar.

—Obrigada. — Sorri minimamente e sai do quarto.

Cheguei a porta e a abri. Droga! Me sentia como uma menina de 17 anos saindo para um encontro. Mais que merda. Vi Eduardo descer do carro e dar uma corridinha até o caminho para a porta da minha casa. Passei pela porta e fechei a mesma vendo ele se aproximar. Sorri envergonhada quando seus olhos passearem pelo meu corpo.

—Oi. — murmurei me aproximando dele.

—Olá, Chloe. Você está linda. — Abaixei a cabeça sentindo minhas bochechas queimarem.

—Obrigada. Você também. — Olhei para ele que se aproximou mais ainda, deixando poucos centímetros de nossos corpos. Eduardo beijou minha bochecha e segurou minha mão.

—Pronta? — ele perguntou olhando em meus olhos e eu assenti. Eduardo me conduziu até seu carro esporte branco. O mesmo abriu a porta e me esperou entrar para fecha-la. Vi ele andar até o lado do motorista, o que me fez colocar o cinto.

—Onde vamos? — perguntei fitando o loiro que ligava o carro.

—Será surpresa. — Ele sorriu de lado e eu retribui. — Levei a Emma para um abrigo hoje. Ela parecia tão confusa em ver tantas crianças. Essa é a parte triste desse trabalho.

The Marriage Contract - 2 TemporadaOnde histórias criam vida. Descubra agora