Estou decidida

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Assim que cheguei em Atlanta fui direto ver como Emma estava. Primeiro fui ao orfanato e então a diretora Carla West disse que ela ainda estava no hospital. Então, eu fui la e não tive problemas para conseguir vê-la.

—Então, como ela está? — perguntei a Nicolas, sem olha-lo. Emma dormia no berço e tinha alguns fios ligados em seu peitoral assim como uma agulha em sua mão.

—A febre oscilou durante toda a noite, mas controlamos com remédios e banho frio.

—Para que essa agulha? — olhei para ele que colocou a mão nas minhas costas.

—Ela não quis comer nada. Não podemos deixar ela morrer de fome. Também é para a medicação. — Abaixei a cabeça voltando a olha-la.

—Você acha que é culpa minha?

—Como seria culpa sua? — Nicolas puxou levemente meu rosto para olha-lo.

—Eu estou meio que cuidando dela la no orfanato. Mas eu não fui dois dias, porque tive que resolver coisas do trabalho. Foi quando ela ficou doente.

—Não vou mentir, Chloe. Ela é um bebê que foi abandonada, então se ela se apegar alguém que ela e a pessoa a deixar ou ela pensar que foi abandonada de novo, ela pode ficar febril. Porém, tenho certeza de que é apenas os dentes dela que estão nascendo. É normal nessa fase. Assim como é normal ela não querer comer. — Assenti e suspirei. —Vou deixar você com ela, ok?

—Obrigada. — vi ele sair do quarto e então foquei apenas nela ali dormindo. Parecia tão saudável.

Segurei sua mão sentindo sua pele quente. Mesmo que Nicolas tivesse certo de que era os dentes nascendo, eu me sentia culpada por te-la deixado. Sorri de lado ao imaginar minha vida com ela. A possibilidade de ter um filho no futuro não passou em minha cabeça nenhum momento nesses quatro anos, exatamente por causa do medo de perde-lo.

O medo foi embora quando a vi. Cada dia naquele orfanato me encheu mais de alegria e eu sabia que era por causa dela, mesmo que dissesse que era por todas as crianças. Emma tinha me mudado e para melhor. O sentimento era o mesmo de quando Noah nasceu, parecia que tudo estava completo. De uma maneira torta, ela me completava, preenchia um pouco daquele enorme vazio em meu coração.

Naquele momento, segurando sua mão febril, eu vi que precisava te-la em minha vida para sempre.

Sorri largo decidida a ir adota-la, mas então como uma peça do destino, Emma começo a se tremer. Soltei sua mão correndo para fora do quarto gritando por ajuda, duas enfermeiras entraram e uma saiu, voltei para o quarto vendo ela tinha abaixado a grade do berço e virava Emma de lado.

—O que ela tem? — perguntei aflita, tentava não deixar o desespero tomar conta do meu corpo.

—Parece ser uma convulsão, por causa da febre alta. — A enfermeira respondeu olhando os monitores.

—O que aconteceu? — Nicolas perguntou entrando no quarto. — Parece ser um dos fortes, aplica 2mg de lorazepam, por favor. — Ele falou com as enfermeiras que correram para fora do quarto — Melhor você sair, Chloe. — Balancei a cabeça negando mesmo que ele não estivesse vendo.

Outra enfermeira me puxou para fora e tudo que eu consegui fazer foi me sentar no chão e chorar. Iria perder mais uma criança e esse nem era minha. Abracei meus joelhos e encostei minha cabeça neles chorando descontroladamente.

Droga! Não consigo acreditar que isso está acontecendo novamente.

Eu me odiava nesse momento por ter me apegado a uma criança que foi abandonada no hospital. Mais é claro que ela deveria ter algum problema de saúde, ou não teria sido abandonada em um hospital.

The Marriage Contract - 2 TemporadaOnde histórias criam vida. Descubra agora