Trabalho

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Point of view — Chloe Miller

Já tinham se passado duas semanas e eu acabei por passa-las inteiramente com Emma no orfanato em que ela estava. Meu relacionamento com Eduardo estava indo bem e poderia dizer que já estava em um namoro.

No momento, estava em Nova York para uma emergência fashion.

—Você precisa voltar! — Clarice gritou apoiando as mãos na mesa e respirando fundo.

—Eu estou trabalhando tanto quanto você. Só não estou aqui. — disse a olhando fixamente.

—Não é o mesmo. Eu nãos ei gerencia isso. Eu só sei fazer roupa. Aquele povo da fábrica é louco! — ela dizia tão exaltada que estava me cansando. — E você, dona Chloe, só trabalha por dez minutos a duas semanas, onde anda? — a morena deu a volta na mesa e se sentou na mesa me encarando curiosa.

—Trabalho voluntario, digamos assim. — falei rindo fraco.

—Que tipo? — ela cruzou os braços.

—Orfanato. Sabe aquela criança que achei no hospital? Ela foi abandonada e levada para um orfanato. Eu tenho visitado. Eles são tão lindos, cheios de vida, de esperança.

—Não inventa de adotar todas as crianças. — Ri balançando a cabeça.

—Faz parte da minha terapia de voltar a ser eu. É um bom sentimento ajudar aquelas crianças.

—Deveríamos ajuda-las. Tipo destinar parte do dinheiro para orfanatos. Todo mês um diferente, algo do tipo.

—É uma boa ideia. — disse.

—Eu já tinha pensando isso, só que é tanta coisa e você tirou "férias" — ri fraco.

—Estou aqui, Clarice. Para tudo. Por isso deixei a Penélope aqui para te ajudar, ela é carismática e deve se dar bem com o povo.

—Sim, ela é ótima. Poderemos deixar ela aqui para sempre.

—Já tentei, ela não quer. Mas então, vou resolver o que me trouxe aqui. — Pisquei para ela pegando minha bolsa. — Qualquer coisa me liga.

[..]

Me joguei no sofá do atelier em que tinha acabado de terminar a reunião mais exaustiva da minha vida. Eu tinha certeza que até o final desse projeto eu estaria de cabelos brancos. Fechei meus olhos massageando minhas têmporas, precisava urgentemente de um remédio para dor de cabeça.

Senti meu celular vibrar, me deixando intrigada. Abri minha bolsa tirando o aparelho de la e vi que era um número desconhecido por mim de Atlanta. Respirei fundo antes de atender.

—Senhorita Miller? — uma voz desconhecida falou, era masculina e parecia estar preocupada.

—Sim. Quem fala? — perguntei encostando minha cabeça no braço do sofá fechando os olhos.

—Aqui é do hospital, queria falar da Emma. — me sentei rápido estranhando a ligação.

—Emma? O que ela tem? — perguntei confusa.

—A febre não está cedendo e estamos bastante preocupados, no momento ela está estável e a febre está em quase 39, mas se não melhorar ela poderá ter serias complicações. A senhora vira para o hospital acompanha-la?

—A senhora West, não está ai? — me levantei do sofá procurando minha bolsa, estava completamente perdida.

—Senhora West? — ele parecia não conhece-la.

The Marriage Contract - 2 TemporadaOnde histórias criam vida. Descubra agora