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Fazia frio em Atlanta. Não chegava a nevar ou ter a temperatura abaixo de zero, porém Elizabeth não gostava nem um pouco de passar frio, e isso fazia a garota usar vários casacos por cima de seu vestido. Uma meia-calça não era o suficiente para cobrir suas pernas, ela notara no momento que saira de casa, porém se recusou a voltar, pois não queria receber o olhar de "eu te avisei" da melhor amiga. Ou seja, ela teria de passar frio nas pernas pelo resto do dia.
Elizabeth foi obrigada à ir de a pé para a faculdade, graças à Lydia, que precisava do carro para ir trabalhar, já que o seu estava no conserto. A garota nunca gostou de andar, apenas o pensamento de fazer qualquer tipo de exercício físico a deixava exausta. Logicamente, ela já estava morrendo no meio do caminho.
Ao ver uma multidão de pessoas em volta de alguém, a garota bufou, fumaça saindo de sua boca por conta do frio.
Outra celebridade, ela pensou. Não era a primeira vez que Elizabeth se deparava com algo parecido.
Não fez nenhum esforço para ver quem era que estava no meio daquele monte de gente, apenas atravessou a rua, no intuíto de evitar se atrasar para sua aula.
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- Nós temos dinheiro pra entrar nessa balada? - Lizzie perguntou com uma expressão confusa enquanto encarava sua melhor amiga, que checava sua aparência no quebra sol. - Nós mal temos dinheiro pra pagar aluguel - Lydia parou de retocar o batom para olhar com uma expressõa sarcástica para Elizabeth.
- Eu sou amiga do dono - respondeu - Ele disse que vai nos colocar pra dentro, é só falarmos nosso nome pro segurança - explicou.
- Se você está transando com o dono porque eu preciso ir junto? Você sabe que eu odeio baladas - reclamou.
- Eu não estou transando com o dono - Elizabeth lançou um olhar de descrença para ela. Lydia revirou os olhos - ...ainda.
- Lydia!
- Eu sei. Eu sei - soltou um risinho - Eu juro que não vou te deixar sozinha.
- Aham.
- Eu juro!
Lizzie acredito, mas não deveria. Não demorou nem uma hora para que Lydia sumisse com o tal dono e deixasse a garota sozinha naquela multidão, sem a chave do carro e do apartamento que elas dividiam. Elizabeth estava fodida.
A única alternativa que lhe restou foi andar em direção ao bar. O barman babaca lançou alguns olhares maliciosos para o decote dela, fazendo a mesma revirar os olhos e pedir sua bebida em um tom rude, o que fez o mesmo revirar os olhos e entregar o copo com a bebida escolhida em um gesto grosseiro. A garota sorriu cinicamente para ele e colocou o canudo na boca, dando um gole breve, sua garganta ardendo no processo. Decidiu beber tudo de uma vez, tirou o canudo e o jogou no balcão, virando o copo rapidamente. Ao terminar, bateu o copo no balcão e sinalizou por mais um.
Pegou o copo e se virou, tendo uma visão das pessoas na pista de dança, dançando animadamente. Nunca entendera o propósito de baladas. Lydia sempre dizia que era muito mais do que pessoas bêbadas e desesperadas por alguém para transar, mas Lizzie nunca acreditara, para ela era exatamente isso e apenas isso.
Uma pessoa se aproximou dela, seu perfume masculino forte invadindo suas narinas. Ao sentir os olhos do cara a secando, tirou os olhos da pista de dança e olhou para seu rosto. Graças ao efeito do álcool, Elizabeth demorou para se tocar quem era a figura masculina em sua frente, mas quando percebeu, seus olhos se arregalaram instantaneamente.
Ele possuía um sorrisinho de canto e se apoiava no balcão com um de seus cotovelos. A garota respirou fundo, tentando não surtar.
- Olá - ele disse, seu sotaque britânico ecoando em seus ouvidos, arrepiando o corpo inteiro da garota - Qual seu nome?
- Elizabeth - fingiu que não estava prestes a ter um ataque - E você é o Homem-Aranha, não é? - perguntou como se aquilo não importasse.
- Tom Holland, sim - respondeu com um risinho - O que você está fazendo sozinha, Elizabeth?
- Minha amiga me prometeu que não me deixaria, mas parece que o desejo sexual dela falou mais alto do que nossa amizade - Tom riu.
- Bela amiga - disse irônico. Lizzie concordou - Quer dançar?
- Oferta tentadora, mas eu não me submeteria a esse tipo de humilhação. Não estou tão bêbada assim - balançou o seu copo de caipirinha quase vazio.
- Então vamos beber mais um pouco - ofereceu e sinalizou para o barman.
Os dois se entreolharam e sorriram ao mesmo tempo.
