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Silêncio. Era pior que qualquer tipo de gritaria, pois não havia diálogo nenhum, barulho nenhum. Apenas o barulho da rua era possível ouvir da janela do quarto de Elizabeth.
Os dois estavam quietos, Lizzie encarava qualquer ponto do quarto que não fosse os olhos de seu namorado e Tom tinha o olhar fixo no rosto da garota. Ela estava sentada na poltrona que servia de cama para sua gata, ao lado de sua cama, enquanto Tom estava de pé, encostado na porta.
- Você não vai falar nada? - a voz de Tom ecoou pelo quarto, quebrando o silêncio e trazendo um desconforto enorme para o corpo de Lizzie - Lizzie?
Elizabeth enfiou as mãos no meio de suas coxas, sinal de que ela estava desconfortável. Tom olhou para ela, implorando pela atenção que não estava sendo dada para ele. Afinal, ele havia voado de Los Angeles para vê-la e merecia pelo menos contato visual.
- Lizzie, fala comigo, por favor - implorou - Por que você está me afastando?
Elizabeth, com lágrimas nos olhos, finalmente levantou seu olhar, estabelecendo o tão aguardado contato visual. Holland ainda a olhava com uma expressão de dor.
- É isso o que eu faço, Tom! - exclamou, levantando-se da poltrona - Eu afasto as pessoas que eu amo porque acho que estou protegendo a elas e a mim.
Tom abriu a boca levemente, surpreso. Seus olhos vagamente arregalados, seu coração martelando contra suas costelas. Lizzie tinha a respiração descompassada, falara aquilo com uma intensidade inesperada, seu coração também acelerado.
- Você me ama? - Tom, mais uma vez, quebrou o silêncio.
Elizabeth arregalou os olhos, a realização do que havia acabado de dizer a batendo com um trem. Não sabia o que dizer, então fez a única coisa que conseguiu pensar: andou rapidamente em direção a ele, suas mãos pegando em seu maxilar e trazendo seu rosto contra o dela, fazendo com que ambas as bocas se chocassem em um beijo bruto e indelicado.
Não era a resposta que Tom queria, mas isso era o máximo de contato físico que teve com a namorada em quase dois meses e ele estava necessitando muito de um contato físico. Por isso ele simplesmente aproveitou a situação e agarrou Lizzie pela cintura, jogando-a na cama com a mesma brutalidade do beijo.
Antes de voltar a beija-la, tirou sua camisa e a jogou no chão do quarto, em seguida voltando a colar ambos os lábios. Lizzie dirigiu suas mãos para a cintura de Tom, fazendo seu quadril se chocar contra o dela, gemidos escapando de ambos os lábios.
Tom parou de beijar a boca da namorada, distribuindo beijos de seu maxilar para seu pescoço. Elizabeth arqueou suas costas levemente para que fosse possível tirar sua blusa de pijama, exibindo seu peito completamente descoberto com a ausência da peça de roupa. Holland olhou para torso despido da garota abaixo dele, um sorrisinho malicioso se formando em seu rosto.
Ele estava desesperado, ela estava tentando evitar uma conversa que ainda não estava pronta psicologicamente para ter.
Lizzie aproveitou que Tom estava descendo seus beijos para seu busto e desceu suas mãos para o cinto de sua calça, abrindo-o com uma certa dificuldade, os beijos de Tom a deixando um tanto lerda. Abriu seu cinto e o jogou no chão, desabotoando a calça em seguida e a descendo para a região de suas coxas com o auxílio de seus pés.
Tom realmente estava reprimindo seus desejos sexuais, pois Lizzie nem sequer sentiu seu shorts de pijama sendo tirados de seu corpo de tanta rapidez e agilidade.
As mãos de Elizabeth agarraram os lençóis no momento que eles se conectaram mais intimamente. As mãos de Tom agarraram a cintura de Lizzie tão forte que provavelmente deixaria marcas roxas com o formato de seus dedos. Ambas as pernas estavam entrelaçadas. Eles estavam tão próximos que era impossível passar um ar sequer entre seus corpos. Suas bocas estavam coladas, suas línguas se mexendo em sincronia.
Foi rápido, bruto, diferente das primeiras vezes que eles estiveram juntos nesse tipo de relação.
Não deu tempo de Tom recuperar sua respiração, pois Elizabeth já estava dizendo:
- Eu acho melhor você ir embora.
Tom sentiu seus músculos se contraírem, seu coração parar e seu sangue virar gelo. O quê?!
- Lizzie...
- Tom, não acho uma ideia você ficar por aqui - disse. Tom a olhou com uma expressão completamente confusa.
- Mas você disse que me ama...
- Tom, por favor - pediu - Foi uma má ideia. A gente devia ter conversado melhor.
- Mas se eu for embora a gente não vai conversar... - continuou insistindo.
- Tom! - aumentou seu tom de voz - Por favor - praticamente implorou, seus olhos novamente brilhantes por conta das lágrimas.
Holland tinha uma expressão de dor no rosto, mas assentiu, respeitando sua namorada. Então se levantou, vestiu suas roupas e foi embora, deixando seu coração ali.
