Not Yet

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Eles combinaram de se encontram

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Eles combinaram de se encontram. Nada poderia deixar Elizabeth mais ansiosa do que esse tipo de situação. Ela provara todas as roupas possíveis, dela e de Lydia, e não estava de acordo com nenhuma. Não estava confiante.

- Ele já deve ter saído com tantas celebridades e meninas ricas - disse, andando de um lado para o outro - Mesmo se a gente vendesse todas as roupas da casa não teríamos dinheiro para ter uma roupa parecida com uma delas - seus olhos já cheios de lágrimas.

Lydia deixou o pote de frosting que comia no criadomudo e se levantou da cama. Andou até Lizzie e pegou o rosto da amiga com as duas mãos, um de cada lado de seu maxilar. A garota olhou fixamente nos olhos da amiga, esperando a mesma se acalmar.

- Você é linda - Lydia assegurou - Não importa que roupa você vá usar, não importa se você for de calça de moletom e blusão, o Tom vai te achar bonita de qualquer jeito. E se não achar, ele não é o cara pra você - Lizzie respirou fundo e tentou engolir as lágrimas - Você não precisa ir toda arrumada, ele mesmo disse. Você só vai pra casa alugada dele, vocês vão tomar alguma coisa, conversar e se conhecer - disse calmamente - Lizzie, você é linda - sorriu docemente.

Lizzie sorriu com os olhos cheios de lágrimas e abraçou sua melhor amiga firmemente. As duas ficaram um tempo abraçadas, apenas se separaram quando Lydia decidiu que estava na hora de Elizabeth se arrumar.

Ela ajudou a amiga com a roupa. Uma calça jeans, uma blusa branca - qual ela fez um laço para deixa-la mais curta -, uma bandana vermelha amarrada ao redor do pescoço e uma bota cano curto nos pés. Como estava frio, Lizzie decidiu vestir um casaco preto.

No caminho para a casa de Tom, Lizzie se pegou respirando fundo no mínimo cinco vezes. Aquilo era muito importante para ela, a ansiedade dela sabia disso. Seu coração estava à mil e ela não tinha controle de suas mãos, ficava mexendo-as toda hora, assim como seus pés. Parou na frente de uma casa e pegou o celular, checando o endereço e a foto da casa que pegara no Google Maps. Fechou os olhos, segurou firmemente na direção do carro e respirou fundo. Tirou a chave da ignição, desligando o carro. Pegou sua bolsa no banco do passageiro e abriu a porta, saindo do carro e enfrentando o vento gelado contra o seu rosto.

Hesitou um pouco antes de tocar a campainha. Não teve nem tempo de se preparar psicologicamente quando Tom abriu a porta, fazendo a garota pular de surpresa e susto.

- Elizabeth! - saudou.

- Tom! - fingiu a mesma animação, tentando esconder o nervosismo em sua voz.

- Entra - sinalizou e abriu a porta, dando passagem para a mesma passar.

Elizabeth entrou na casa, tendo a visão de uma casa não muito luxuosa, porém maior que seu apartamento inteiro.

- Casa legal - comentou.

- Você achou? - Tom se colocou em sua frente - Quer conhecer? - ofereceu, Lizzie assentiu.

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Depois de uma tour completa pela casa, Tom e Lizzie se sentaram no sofá com duas taças de vinho em mãos. Elizabeth sempre costumava comprar vinhos em sua casa, eram a opção mais barata para ela ficar bêbada com Lydia em suas noites das garotas, mas não contou isso para Tom, claro que não.

- Aquela noite, na balada, você me contou que faz faculdade na Emory University - comentou.

- Correto - Lizzie disse.

- O que você cursa? - perguntou curioso.

- Artes cênicas - Tom a olhou surpreso - O que foi? - soltou um risinho nasal, sem graça.

- Você quer ser atriz? - a garota assentiu - Devo me preocupar com a concorrência?

- Talvez - entrou na brincadeira. Os dois riram - Eu estou no meu quarto ano, daqui a pouco vou me formar.

- Eu posso te ajudar a arrumar um emprego se quiser...

- Não! - disse rapidamente - Não quero que você ache que eu estou aqui por interesse - admitiu - Não precisa, sério.

- Mas...

- É sério, não precisa - disse com um tom de voz mais doce - Eu preciso conseguir tudo sozinha.

Tom sorriu de canto e assentiu, se rendendo. Se aproximou ainda mais de Elizabeth.

- Você é bem corajosa - elogiou, seu tom de voz baixo, porém a garota ouvira perfeitamente, ambos os rostos bem próximos.

Lizzie olhou de seus olhos para sua boca, Tom fez o mesmo gesto. Os dois tiveram o mesmo pensamento na mesma hora, suas respirações se misturando e seus lábios se tocando levemente. O barulho da porta da frente se fechando fez os dois se separarem rapidamente e com um pulo. Não demorou muito para a silhueta de um garoto loiro de olhos claros aparecer na sala.

- Tom, você não vai acreditar no que aconteceu... - parou de falar ao ver a garota sentada ao lado de seu melhor amigo.

Elizabeth começou a gargalhar, jogando sua cabeça para trás.

Ainda não.

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Elizabeth é uma pessoa normal, com problemas de pessoas normais. Ansiedade é um problema sim e ela pode atrapalhar na vida das pessoas que a possuem. Vou abordar mais o assunto da ansiedade nessa história, pois acho que ela precisa ser discutida e ser mostrada como algo real, não como uma frescura. Ou seja, a minha personagem tem ansiedade e vão haver alguns acontecimentos em que isso vai atrapalhar em sua vida.

Scary Love - Tom HollandWhere stories live. Discover now