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Lizzie estava sentada em seu sofá, mãos entre as coxas e pernas balançando feito loucas. Sem contar que seu coração parecia estar quase saindo pela boca, sua barriga com aquela sensação esquisita que a ansiedade lhe trazia.
Quando a campainha tocou, pareceu que todo o ar foi tirado brutalmente de seus pulmões. Respirou fundo e caminhou até a porta, suas mãos trêmulas pegando na maçaneta e a girando. Seus olhos se encontraram com os de Tom rapidamente, ambos os coração acelerados em sincronia, eles apenas não sabiam.
Lizzie engoliu seco e deu espaço para Tom entrar, fechou a porta e sinalizou para o sofá. Eles se sentaram, um de lado do outro, um contato visual intenso, mas nenhuma palavra sendo dita.
Elizabeth respirou fundo e abriu a boca para falar, decidindo fala logo de uma vez.
- Eu tenho ansiedade - sua voz fez a respiração de Tom falhar - Transtorno de ansiedade, quer dizer. Todo mundo fica ansioso em alguns momentos, eu fico toda hora, por qualquer coisa - suspirou - Tenho isso desde os três anos de idade, por diversos motivos e...
- Quais são eles? - Tom a interrompeu.
- Não vêm ao caso, Tom - protestou.
- Se formos levar isso para frente, eu tenho que saber de tudo - Lizzie suspirou e assentiu.
- Meus pais se separaram e isso me fez mudar de estado e escola uma três vezes, no mínimo - contou - Eu tomo remédio, aquele frasco laranja que você viu no banheiro um dia - Tom assentiu, lembrando-se - Os remédio me ajudam durante as crises que eu tenho.
- E como são essas crises?
- Eu choro por horas enquanto penso em vinte cinco mil coisas, a maioria delas sendo coisas negativas - explicou - É por isso que eu te afasto, você me deixa vulnerável e vulnerabilidade me assusta. Mas, ao mesmo tempo você me deixa mais forte e menos pessimista - Tom sorriu - Eu amo você, Tom.
O sorriso de Tom apenas aumentou, sua mão indo para o maxilar da namorada e seu polegar acariciando sua bochecha.
- Eu também te amo, Lizzie - declarou - Eu sinto muito por ter feito você se sentir insegura, nunca foi minha intenção. Só quero que saiba que vai ser sempre você, nunca vai haver ninguém que vai fazer com que eu me sinta do jeito que você faz - Lizzie sorriu, lágrimas se formando em seu rosto - Você é o amor da minha vida.
Lizzie riu com os olhos brilhantes, à beira de lágrimas e aproximou seu rosto do de Tom, beijando-o.
Apesar de levá-la à ruína, Tom era quem a ajudava se reconstruir.
