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Normalmente, Lizzie amava aeroportos. Mas no momento, ela os odiava.
Ver sua mãe indo embora nunca sequer se compara a dor que ela sentiu ao ver Tom com malas, passaporte e passagem em mãos. Ela se segurou para não chorar na frente de Harrison, Harry e Lydia. Ao ouvir a última chamada do vôo dos garotos, Lizzie já sentiu seus olhos arderem, peito apertar e garganta fechar. Abraçou Harrison, Harry e simplesmente grudou em Tom.
Ele a abraçou o mais forte possível, segurando o choro. A cabeça de Elizabeth estava em seu peito enquanto ela chorava, soluçava.
- Tom - Harrison chamou, sua voz baixa - A gente precisa ir.
Tom assentiu e sinalizou para ele esperar um pouco. Tirou o rosto de Lizzie de seu peito e o segurou, uma mão de cada lado de seu maxilar.
- Eu preciso ir - sussurrou -, mas eu prometo que vou tentar meu máximo para te mandar mensagem, te ligar, qualquer coisa. Todos os dias, ok? - Lizzie assentiu.
Tom sorriu de canto, seus olhos vermelhos. Lizzie inclinou seu rosto para frente, beijando os lábios dele. Harry bateu levemente no ombro de seu irmão, indicado que eles realmente precisavam ir.
Eles se separaram, deram um último selinho. Tom pegou suas malas e sorriu levemente para ela, se distanciando.
Lydia abraçou sua amiga de lado, encostando sua cabeça em seu ombro, deixando-a chorar ali.
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Lizzie não queria sair da cama. Passou dois dias inteiros deitada, nem sequer se levantou para comer. Lydia dormiu ao lado dela esses dois dias, confortando a garota triste.
No terceiro dia, Lydia cansou de vê-la daquele jeito, então simplesmente pegou seu frasco de remédio e deu a ela. Pareceu resolver.
Toda vez que Tom ligava para ela no facetime, Lizzie tinha que se segurar para não chorar. Vê-lo em uma tela de celular, estando mais de mil quilômetros longe, era doloroso. Tão doloroso que quando eles desligavam a chamada, Lizzie chorava por no mínimo duas horas.
Lydia estava preocupada. Sua preocupação fez com que ela ligasse para a única pessoa que estaria disponível para ver sua melhor amiga.
Lizzie estava dormindo quando sentiu uma mão acariciar o seu rosto. Isso a fez acordar lentamente, seus olhos se acostumando com a iluminação. Ao ver quem estava em sua frente, arregalou os olhos levemente e entrelaçou os braços em seu pescoço. Lizzie foi abraçada com força, lágrimas saindo de seus olhos com o envolvimento.
- Lydia me ligou, disse que você está tendo muitas crises - disse. Lizzie assentiu, sua cabeça encostada em seu ombro - Quer me contar o que está acontecendo?
- Mãe... - chorou.
Lizzie passou o dia inteiro conversando com sua mãe. Contou a ela sobre Tom, como o conheceu, o primeiro beijo, como eles começaram a namorar. Gisele entendeu tudo, pediu para conhecê-lo e que ele era um menino muito bonito.
Talvez um tempo com sua mãe fosse tudo o que Lizzie precisasse. Talvez ela apenas precisasse ter o Tom de volta. Ou talvez de medicamentos novos...
