Capítulo 3 - Construindo Uma Relação

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Sophia Antunes

Eu subo correndo para o andar de cima. Quem aquele homem pensa que é pra falar assim comigo? Como pode ser tão arrogante? "Eu não gosto de mulheres como você, gordas, sem ofensas" ai que ódio dele. Mais ele me paga a se paga. Vejo uma porta entre aberta e entrando, encontro Isabelle sentada na cama com uma boneca.

-Oi Isabelle, por que tá sozinha aqui? - pergunto pra ela que me olha com um olhar triste.

-Meu papai que mandou subir se eu descer, ele briga e me deixa de castigo. - diz ela triste.

-Mais como seu pai já foi, vamos brincar? O que você quer fazer? - pergunto sorrindo.

-Não quero brincar, quero conhecer você Sophi. - diz ela me chamando pelo meu apelido.

Eu olho pra ela com carinho e digo.

-Hum me conhecer? O que você quer saber de mim querida? – olho pra ela com interesse.

-Você gosta do meu papai? - diz ela me deixando em alerta.

Porque ela acha isso? Será que olho pra ele demais?

-Por que diz isso? Eu não gosto do seu pai, Belinha. Ele é meu patrão e eu sou sua babá, mais nada. Agora me conta e sua mamãe? - pergunto pra ela, mudando de assunto.

-Minha mãe mora em outra cidade, ela vem-me ver quando dá... - diz ela triste me deixando com pena. Tão pequena e vive sem a mãe, e com um pai que nem para em casa. Vive nas mãos de babás e empregados.

-Vamos brincar no jardim, depois vamos assistir a um filme pode ser? - digo passando a mão em seus cabelos loiros.

-Vamos sim Sophi, quero assistir Frozen e depois comer pipoca. - diz ela sorrindo com aquele sorriso doce.

Levantamos e vamos pro jardim, lá brincamos e corremos. Depois assistimos ao filme umas duas vezes. Só de ver aquele sorriso fico feliz! Mariana, que descobri ser a empregada da casa, aparece para avisar que o almoço está pronto. Depois de Isabelle almoçar, ela diz que está com sono e pede pra mim contar uma história e assim ela dorme. Dou um beijo em sua testa e fico olhando ela por um tempo, nem percebo quando Maria aparece e fala.

-Sophia, filha. - diz ela me chamando. Coloco o dedo na boca pedindo silêncio e saímos do quarto.

-Sim Maria?

-Querida você deixou o celular na cozinha e estava tocando, olha aqui. - diz ela me entregando o meu celular.

-Obrigada! Vou retornar a ligação tenho uma folga enquanto ela dorme - digo sorrindo pra ela.

-Verdade ela gosta de você, Isabelle é uma menina maravilhosa e já percebi que ela tem muito carinho por você. - diz me olhando com carinho.

-Sim ela é um doce nem parece que é filha daquele nojento. Oh cara chato, coitada da namorada dele.

-Namorada? Diogo não namora Sophia. Ele é um galinha nato, trás mulheres pra casa mesmo com a filha aqui. Eu trabalho aqui faz sete anos e nunca vi ele namorar, a única mulher que ele ficou de verdade foi a mãe de Isabelle e nem eram casados. Só moravam juntos e ela foi embora pois teve uma proposta de emprego em Porto Alegre. Quando ela foi embora Isa tinha três anos, ela não penso na filha simplesmente foi e vem aqui pra São Paulo uma vez ou outra. Mais vamos deixar de papo, tenho que olhar umas coisas, pode descansar querida. - Diz ela me deixando lá digerindo tudo que me falo, balanço a cabeça e desço pra ver quem me ligo.

Olho e vejo que é Fernanda minha única amiga nessa vida. Não contei mais nasci e fui criada em Campinas, meus pais morreram quando tinha 15 anos num acidente de carro. Sou filha única depois disso fiquei com meus tios minha única família. Era o que eu pensava, pois eles nunca gostaram de mim.

Um Amor ImprovávelOnde histórias criam vida. Descubra agora