Capítulo 32 - Porque Você Pai?

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Diogo Miller

É como se meu mundo tivesse caído diante de mim, o homem que eu sempre tive como exemplo tá com... Câncer... Essa maldita doença!

Ele preferiu esconder essa doença da gente e o que mais me deixa triste, é que minha mãe sabia e nunca disse nada. Eu sei que ele pediu segredo, só que ouvir essa noticia pelo telefone, da minha mãe que estava comigo e não disse nada, é cruel.

Eu preciso ver ele! Eu não sei nada do que está se passando com ele nesse momento, a única coisa que dona Márcia disse foi "seu pai tá com câncer".

Preciso ver Sophia e abraça-la como se fosse a ultima vez.

Ela entra na minha sala apressada.

-Quer falar comigo? – pergunta.

-Quero! - falo com a voz embargada.

-O que houve? - fala se aproximando.

-Meu pai...

-O que houve com ele? – pergunta com os olhos arregalados.

-Meu pai tá com câncer. - falo em voz baixa.

-Como? Mais ele estava bem, não estava? – me olha com pena e sem pensar a puxo para um abraço.

Não sei por quanto tempo ficamos assim, até ela me afastar com cuidado.

-Eu não sei... Ele não me contou, não falo nada pra mim e meu irmão. – digo com a voz embargada.

-E sua mãe? - pergunta e sinto uma ponta de amargura em sua voz ao falar de minha mãe.

Não é pra menos...

-Ela que me contou, por telefone. - falo amargamente.

-Por isso ela veio aqui?

-Não, ela veio pra falar da festa na empresa... Depois que fui embora lá do restaurante... - falo lembrando com quem ela estava mais resolvo não falar nada, por agora. - Foi eu chegar aqui ela ligou e solto a bomba, falo que não podia mais guardar esse segredo.

-Meu Deus! Diogo você tem que falar com seu pai, eu sei que deve ser um momento complicado pra você. Seu irmão já sabe? – me olha toda preocupada.

Ela preocupada comigo é um bom sinal, eu acho.

-Não... Não sei como vou contar isso pra ele Sophia... - falo sentando e colocando as mãos no rosto.

-Calma! - fala passando as mãos nas minhas costas - É vou te deixar sozinho. - fala se afastando timidamente.

-Eu preciso ir ao meu pai... Quer ir comigo? – pego sua mão e beijo.

-Não confunda as coisas Diogo a gente não tá mais junto, não tem por que eu ir.

-Mais eu...

-Mais nada Diogo, vai falar com seu pai e resolve o que tiver que resolver. – me olha com um pequeno sorriso. – Eu vou estar aqui pra ajudar no que for preciso.

-Tá bom! - falo tristemente e abraçando ela de surpresa. - Eu vou e obrigado por me ouvir. - falo e me afasto.

-Eu não sou mais sua namorada, mas sou sua amiga e pode contar comigo sempre. – sussurra.

-Você pode não me considerar mais seu namorado, mais eu considero você minha namorada, eu amo você!- falo e saio da sala.

Minha prioridade agora é ver seu Afonso... Meu Pai.

Um Amor ImprovávelOnde histórias criam vida. Descubra agora