Um Amor Improvável

Capítulo 7 - Conversa Entre Irmãos

Diogo Miller

Mais que porra meu irmão tá fazendo aqui? Não basta ter acabado com a própria vida e me culpar por erros que ele mesmo cometeu agora, volta pra infernizar minha vida. Espero que não seja pra pedir dinheiro.

Pego Sophia pela mão e saímos do quarto. Ela sabe que não me dou bem com meu irmão, mais é só. Nunca expliquei! Mais creio que é chegada a hora da verdade. Chego à sala e ele tá andando de um lado para outro inquieto.

Já vi ele assim muitas vezes quando precisava de grana pro maldito vício dele.

-Até que enfim, Diogo! Achei que ia criar raiz nessa sala. - diz agitado.

-Olha aqui. – me aproximo dele. - Você tá na minha casa e outra nem aqui você tinha que tá, já conversámos Henrique. Mais você não aprende e já vou avisando não vou te dar dinheiro, pra encher o cu de droga. - falo irritado.

-Vai se foder Diogo, você acha que só porque é um advogado que... - eu corto ele.

-Sim, eu sou um advogado de respeito, eu estudei pra isso e você? Largo a faculdade de Arquitetura que era seu sonho, por causa dessa maldita cocaína, que te fez perder tudo. Até nossos pais desistiram de você! Eu fui o único que ficou do seu lado. – falo com raiva. - Mas, sabe o que você fez? Roubo meu escritório de advocacia, um milhão de reais! Eu podia ter te denunciado mais não, eu passei por cima e disse que não queria mais te ver nem pintado de ouro. Lembra? Você sempre aparece aqui, mais dessa vez não vou tentar te ajudar, pois você não merece. - falo com os olhos marejados olhando pra ele e sinto uma mão no meu braço.

Só agora que me dou conta que Sophia estava aqui esse tempo todo.

-Diogo calma! Senta aqui. - diz ela e vejo meu irmão olhando pra ela e já sei que vai falar merda.

-E quem é você? Vaza daqui sua empregadinha, isso é assunto de família. – pego ele pelo pescoço.

-Lava a porra da sua boca pra falar da minha namorada. – respondo furioso. - Se não quiser perder os dentes da boca, ouviu porra? - pergunto jogando ele no chão.

-Namorada, sério isso? - diz rindo em deboche - Tá bom senhor Miller, o maior advogado do Brasil! Eu vou embora, mais eu volto pra conversar com você. Apesar, de você me odiar por ter te roubado, eu continuo te considerando meu irmão. Preciso da sua ajuda e não é dinheiro, eu larguei a droga Diogo, mesmo você não acreditado em mim. – resmunga.

-Eu te considero meu irmão, você é sangue do meu sangue, meu irmão mais novo. Só não te perdoei pelo que me fez quem sabe um dia. Acho melhor você ir. - falo já cansado dessa conversa.

-Estou indo e parabéns pela namorada, até que é gostosa! - fala olhando pra Sophia com malícia, que olha pra ele de volta com olhar de nojo.

Nesse momento ia arrebentar ele, mais minha filha desce as escadas, e quando vê o tio grita de felicidade.

-Tio Henri que saudades de você.

-Princesa da minha vida, como você cresceu! Tá linda demais. - diz pegando ela no colo e girando.

-Estou sim tio Henri! - fala rindo.

-Quando crescer vai dar trabalho pro seu pai, mais agora o tio tem que ir tá?! Quando der venho aqui pra gente brincar, tá bom? - fala colocando ela no chão.

-Vou esperar tio Henri, tchau vou brincar. - fala saindo correndo.

-Bom acho que agora você pode ir. - falo indo com ele até a porta.