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Prólogo
Caminho pela casa silenciosa, observando apenas a escuridão que a toma; a luz que vem lá de fora parece brilhar como o sol brilha perto do breu. Meus pés descalça pisam firme no piso velho de madeira, fazendo-o ranger e daqui da porta, posso avistar o corpo caído no chão, em uma sala de estar agora tão distante.
Mas agora é a hora, dou uma última olhada para ele, uma última olhada para eu mesma refletida no espelho. Dessa vez, eu pouco me importo em estar usando uma camisola transparente e estar sem peças íntimas, eu só preciso ir. E eu vou.
Irrompo para fora, o sol que reflete no céu derrama os seus raios em mim, aquecendo-me de forma involuntária. Um sorriso se forma em meu lábio, trazendo-me um pouco de esperança, a primeira esperança em oito anos. A mesma esperança que me faz lembrar o que tenho que fazer.
Foco, Anastásia. Você consegue.
Ignoro os olhares curiosos dos vizinhos; eles me encaram horrorizados, provavelmente pela roupa, mas eu não me importo. Corro para o carro e a chave parece brincar com os meus dedos, querendo fugir deles. Consigo! Depois de três vezes derrubar as chaves, consigo abrir o carro. Entro e arranco sem pensar, a bile sobe a minha garganta, quase despejando-se para fora. Eu corro pelas ruas. Sem saber para onde seguir. Eu só tenho de ir em frente, então avisto.
Os alunos de uniforme azul marinho e branco andam de um lado para o outro, então eu a avisto. A pequena menina de cabelos loiros que anda de forma tímida no meio da multidão. Seu olhar é assustado, seus ombros estão sempre encolhidos e seu olhar baixo, mas por hoje não.
Freio o carro, ignorando os alunos assustados, com o barulho ela encara o carro, apavorada. Mas quando abro a porta e ela vê que sou apenas eu, seu olhar se tranquiliza.
— Entra! — Grito, minha voz sai cortada, minha respiração está completamente acelerada. — Maria, vem!
Seu olhar azul fica confuso e cheio de medo, ela olha para os lados. Talvez esteja procurando por ele, mas ele não virá. Maria corre para o carro e senta ao meu lado colocando o cinto, bato sua porta e lhe encaro.
— Onde ele está? O que você faz aqui?
— Eu fiz o que tinha que ser feito. — Sussurro e começo a dirigir.
— Você o matou? — Grita, assustada.
— Não! É claro que não, eu apenas fiz ele dormir, nós temos que ir. É a nossa única chance.
— Ana... eu estou com medo.
— Não precisa ter, nós vamos para um lugar onde ele não possa nos encontrar.
— Ana...
— Confie em mim, Maria. Você vai ficar bem.
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Imperfect Love
FanfictionDesde os cinco anos Christian sempre viu Anastásia Steele, sua vizinha, superá-lo em tudo. Notas, esportes, até mesmo comandando os ofícios das empresas Grey. Mas de certa forma, eles conseguiam se entender, até Anastásia ir embora misteriosamente e...