• ✤ Essa é a Verdade ✤ •

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As lágrimas continuam escorrendo, enquanto imploro para que isso seja apenas um pesadelo. Não pode ser verdade, ele não pode estar aqui apontando uma arma para a minha família, porque eu confiei nele, e o trouxe até aqui, ele não pode fazer isso.

— Por que você está fazendo isso?

— Eu quero os códigos! — Grita e eu me encolho. — E se você não me falar onde eles estão, eu mato todos eles.

— Eu não sei onde eles estão, eu juro que não...

— Eu acho que você não está me entendendo, mas eu vou te mostrar o que está acontecendo aqui.

— Não! — Grito quando ele aponta a arma para Gabriel.

Encolho-me sem acreditar quando ele dispara e meu irmão cai no chão, sangrando, corro até ele e o puxo para os meus braços. Papai e meus outros irmãos estão tentando gritar, mas eles não conseguem. Abraço forte meu irmão, me sujando com o seu sangue.

— Não, não. — Imploro baixinho, encarando Connor. — Não está aqui, eu juro. A segurança interna levou, eu juro.

— Não mente! — Grita e atira outra vez.

Agora é Marco que cai e eu grito em desespero, arrastando-me até ele, seus olhos estão abertos e mostram toda a sua dor. Puxo a mordaça da sua boca e acaricio seu rosto.

— Não me deixa...

— Fuja... — Diz ofegante e com dificuldade.

— Vamos, Ana! Me diga! — Connor pede mais uma vez.

— Eu não sei, não sei, eu não estou mentindo. Por favor, não os machuque, não machuque eles.

— Você é uma vadia mentirosa! E eu vou matar todos até você me dizer!

Muitos gritos e suplicas são em vão e ele atira em Tom, vê-lo desabar no chão, agonizando de dor me faz quebrar por dentro. Isso é tudo minha culpa, minha culpa. Grito em desespero quando ele aponta para o meu pai e atira em seu peito. Corro para ele e deito sobre o seu peito.

— Papai, não! Você não pode! Você disse que não estava indo, papai!

— Ele morreu! Como a sua mamãezinha vai morrer se você não me der os códigos, sua vadia! — Connor grita.

Aperto meus olhos quando ouço outro tiro, mas nada me atinge, sinto apenas alguém agarrar meu braço e me puxar para longe de papai.

— Não, papai. Papai levanta. — Imploro com pavor.

— Ana!

É a voz de Paige, viro-me e a vejo segurar meu rosto, atrás dela posso ver Connor caído.

— O papai, os meninos.

— Nós temos que sair daqui! — Ela diz firme. — Eu vou tirar você daqui.

— Não! Nós não podemos, nós temos que ajudar ele.

— Ana, eles se foram, eu sinto muito.

— Não, mamãe. Não.

Ela ignora meus gritos e começa a me puxar para longe deles, eles ainda estão caindo e agonizando, mas eu não posso ajuda-los. Paige está me tirando deles, as lágrimas escorrem pelo meu rosto e eu grito alto, mas não tenho forças para lutar contra ela.

Paige me empurra para dentro do carro e entra também, assim que ela faz isso posso ouvir tiros, mas tudo começa a ficar escuro e distorcidos e eu apago.

Imperfect LoveOnde histórias criam vida. Descubra agora