• ✤ Eu Vou Fazer Você Gritar ✤ •

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Christian Grey

Afrouxo a minha gravata enquanto caminho pelos corredores da empresa, tentando não descontar a minha raiva nesse bando de incompetentes! Belo ano novo em família, se eu pudesse não participaria dessas reuniões ridículas, mas eu ainda faço isso por Grace e minha irmã.

Mas na verdade, tudo o que eu queria poder fazer é socar a cara de Elliot e jogar toda essa maldita merda para cima. Agora eu só quero sentar na minha cadeira e fazer a porra de um trabalho de verdade.

Andrea parece surpresa ao me ver, ela se levanta e corre na minha direção. Arranco meu casaco e jogo para que ela pegue.

— Mande todos embora, eu quero trabalhar sozinho hoje! — Digo firme.

— Sr. Grey, é ano novo, o senhor deveria estar em casa.

— O que eu disse, porra? Você quer me contestar? — Vocifero, ela se encolhe amedrontada.

— Não, senhor. Me desculpe.

— Ótimo! Mande todos embora, eu quero ficar sozinho.

— Senhor, há entrevistas hoje. Eu iria fazer.

— Foda-se! Eu faço essa porra, agora sai da minha frente. Todos vocês!

Ela balança a cabeça, seu olhar arregalado some da minha vista em segundos. Tomo folego e vou para a minha sala, bato a porta com força, um aviso para que eles fiquem fora. Arranco a minha gravata e a jogo no sofá, depois caminho até a minha cadeira e afundo nela.

Por alguns segundos me sinto melhor, mais relaxado. Só que estou longe disso, eu quero descontar toda a raiva que estou sentindo em algo, mas é impossível. Minha última submissa se foi há cinco meses, e desde então eu não arranjei ninguém, isso está me deixando louco.

Soco a mesa e me levanto, sentindo toda a raiva novamente. Aquele maldito tinha que se meter na minha vida, eu odeio tanto Elliot. Odeio as suas piadas infernais e todo o questionamento sobre quando vou me casar. Que se foda essa porra, eu não vou me casar!

Soco a parede tentando acalmar a minha raiva, mas essa dor é ridiculamente inútil. Eu só queria achar uma boa garota e fodê-la até essa porra de dia acabar.

Respiro fundo e esfrego as mãos no rosto, agora ouvindo meu celular tocar. Caminho até a mesa e o pego, vendo que é apenas a porra de uma mensagem de Andrea, avisando que enviou a lista de candidatos para o meu e-mail. Que se foda essa porra toda!

Volto a afundar na minha cadeira e encaro o relógio do computador, são quase três da tarde. Eu espero que essa enrolação acabe logo, eu odeio fazer entrevistas, mas ao menos isso é um passatempo. Normalmente Andrea faz isso, mas eu quero ficar sozinho, e mandar essa gente para o inferno.

O primeiro candidato chega, com dez minutos de atraso, assim que ele se senta na minha frente o mando ir embora, aos berros. Dispenso o segundo, o terceiro e o quarto. Isso é uma porra!

Sento na minha cadeira mais uma vez e encaro a lista, um nome reluz nela. Anastásia Steele. Não. Absolutamente não! Não pode ser a mesma garota.

Anastásia Steele jamais se candidataria a uma vaga de estagiária do RH, ela faria mais. Não, definitivamente não. Essa mulher não pode ser Anastásia, mas se for, eu estou louco para ver isso. Já faz tantos anos, dez ou onze, eu não sei. Ela se foi e nós nunca tivemos contato, se bem que nós nunca fomos amigos.

Eu quero ver isso, eu quero vê-la outra vez.

Ela é a última da lista e em segundos me sinto nervoso, ansioso por vê-la. Ela é uma filha da puta desgraçada que sempre ferrou com tudo o que eu fazia. Se for a mesma Ana, eu mal posso acreditar. Mas eu vou ter prazer em vê-la hoje, em um grande dia de merda. Eu vou acabar com ela.

Imperfect LoveOnde histórias criam vida. Descubra agora