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Acaricio os cabelos de Mia enquanto explico meu plano para ela, após ela me contar o que faz aqui. Connor a obriga a usar os computadores apenas, ele nunca a tocou, mas sempre bate nela. E pelo visto, ela morre de medo dele, só de falar em seu nome o seu corpo treme todo.
— Me fale sobre Maria. — Peço baixinho. — Ela realmente é filha do Connor?
— Sim. — Sussurra. — Ela é só uma garotinha... tem nove anos.
— Ah, meu Deus... e ele... ele a toca?
— Eu não sei se ele já... já transou com ela. — Murmura com a voz embargada. — Mas ele a toca e faz ela tocá-lo. É a minha tortura, eu tenho que ver isso senão fizer o que ele quer, tenho que observar ele tocando-a enquanto ela chora silenciosamente.
Fecho meus olhos, sem conseguir imaginar a cena.
— O que aconteceu com a mãe dela?
— Ele a matou... usou a Maria para isso. — Mia sussurra e meu coração acelera. — O nome dela é Joana, ela morreu bem ali no canto, Maria tinha só seis anos quando ele segurou a arma na mão dela e a fez apertar o gatilho. Joana estava cansada, doente.
— Já chega, Mia. Por favor. Eu vou tirar nós três daqui, eu prometo. Maria vai nos ajudar.
— Ela não vai, ela acredita no amor dele... ela nem fala comigo. E já faz anos que eu estou aqui. Ele a proibiu.
— Ela falou comigo...
— Sim.
— Talvez eu consiga conquistar ela.
— Como você pretende fazer isso?
— Eu conquistei o turrão do seu irmão, eu acho que consigo. — Murmuro e Mia abre um pequeno sorriso.
— Como eles estão? Você ainda os vê?
— Não, eu fugi quando ele matou os meus pais. Mas sua família está bem, muito bem. Seu irmão é dono de uma empresa e ele é muito famoso. Elliot virou médico e a sua mãe e seu pai... eles adotaram uma garotinha chamada Happy.
— É mesmo? — Mia pergunta sorrindo. — Eu acho que eles imaginam que eu esteja morta...
— Mia, você vai voltar para casa, eu te prometo.
— Obrigada por vir, Ana... eu não esperava isso, mas estou tão feliz.
Sua voz sai mais fraca e cansada e eu percebo que ela está pegando no sono, quando ela dorme eu a ajeito deitada sobre o chão. Connor ainda não voltou e imagino que não vá voltar tão cedo, então deixo a sala e ando pela casa analisando tudo. Os únicos cômodos mobiliados são a cozinha, e os banheiros, tudo fora isso é vazio e escuro, mas acho que ainda posso imaginar isso como uma casa.
Paro na cozinha ao ver Maria, limpando o balcão, ela me olha e arregala os olhos.
— Não! Você não pode sair de lá, ele vai machucar você!
— Está tudo bem, ele não chegou. — Sussurro me aproximando. — Nós duas temos que conversar.
— Nós não podemos... você vai dizer que ele não me ama, mas ele me ama, por isso ele faz isso.
— Maria, isso não é amor.
— É sim. — Grita, chorando. — Ele diz que me ama.
— Como a sua mãe era, Maria?
A minha pergunta faz as suas lágrimas cessarem, então ela joga a cabeça para o lado e dá um pequeno sorriso. Seus olhos brilham enquanto ela pensa em algo, algo bom, não há dor em seu olhar. Ela me encara e suspira.
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Imperfect Love
FanficDesde os cinco anos Christian sempre viu Anastásia Steele, sua vizinha, superá-lo em tudo. Notas, esportes, até mesmo comandando os ofícios das empresas Grey. Mas de certa forma, eles conseguiam se entender, até Anastásia ir embora misteriosamente e...