Imperfect Love

• ✤ Não Vá Tão Longe ✤ •

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Dois Anos Depois...

Sento-me no sofá e encaro Ed correndo pela casa, fugindo de Mia e Ethan que os estão perseguindo há mais de dez minutos. Ted está no sofá, tentando ganhar de Maria na brincadeira do dedinho, olhá-los me traz tanta paz, tantas boas sensações, mas só me lembra o risco que estamos correndo... vivendo todos juntos.

Connor descobriu nosso esconderijo na Inglaterra há semana, e foi por pouco que nada nos aconteceu. Maria sequer sabe disso, agora que ela parece tão bem, eu não quero que ela sequer precise lembrar o nome dele. Manter ela, os gêmeos e Mia seguros, foi o que me fez tomar essa decisão; eu dividi os códigos pela metade, se as duas partes, Connor não terá como conseguir o que quer... e nós não ficaremos mais juntos para ele nos atacar. Ethan levará Mia e Maria para Seattle, eles vão viver uma nova vida lá, até que consigamos pegar Connor, com todas as provas, tudo o que precisamos é encontra-lo.

Eu ficarei em Seattle com Paige e os meus irmãos... é estranho vê-los dessa forma, mas os últimos dois anos me fizeram acostumar com a ideia, e eles também bem vêem assim. É melhor, se um dia eu me machucar, eles irão sofrer menos.

— Você está pensativa hoje. — Paige murmura sentando ao meu lado e eu apenas suspiro. — O que foi?

— Só pensando sobre a volta para Seattle.

Maria para de brincar com Teddy e me olha, ela suspira e deixa a sala rapidamente. É claro que ela não quer ir, não quer ficar com Mia e Ethan, mas é a única forma de ficarmos seguros. Se Connor pegar a Maria, ele não vai machucá-la, ela é tudo o que ele mais quer fora os códigos, mas se ele a pegar, ele terá apenas uma parte dos códigos. E mesmo que ele chegue a me ameaçar com Maria, eu sei que ele não irá encostar nela... e se Connor me pegar, ele não terá nada com o que me ameaçar.

Suspiro e me levanto para ir atrás dela, subo as escadas e entro no meu quarto, ela só fica aqui, se recusa a dormir sozinha no outro quarto. Na verdade, desde que Maria chegou, ela não sai do meu lado e agora não poderemos nos ver até que Connor seja preso. O pensamento me deprime enquanto entro no quarto a sua procura, ela está sentada na cama, aproximo-me e sento na sua frente.

— Ei, princesinha, não fica chateada comigo.

— Eu não estou, Ana. Só não quero viver longe de você.

— Olha... — Seguro seu queixo e o levanto para poder lhe olhar. — Eu vou te ligar e ir te ver sempre que eu puder.

— Você promete?

— Eu prometo.

— Está bem.

Dou um beijo em sua testa e ela abre um pequeno sorriso a contragosto.

— Vamos, melhore essa cara. — Peço, encaro-a por alguns segundos e sorrio. — Eu quero te dar algo.

Tiro meu colar do meu pescoço e o coloco no de Maria, pegando-a de surpresa, ela segura o coração e me encara.

— Eu não tenho a chave dele, mas eu quero que você fique com ele. Um dia, quando estivermos juntas novamente, a pessoa que tem a chave também vai roubar seu coração.

— Christian?

— Sim.

— Aposto que não. — Diz rindo. — Ele roubou o seu, não foi?

— Na verdade, meu coração sempre foi dele, ele nunca precisou roubar.

Levanto-me e dou um beijo na testa de Maria, deixo-a no quarto e volto ao andar de baixo, apenas para ficar observando meus irmãos... meus filhos. A cada dia eles se parecem mais com Christian, eu só espero que quando eles se conhecerem Christian possa amá-los como eu os amo... e talvez nós ainda possamos ser uma família de verdade.