Imperfect Love

• ✤ O Que Resta de Nós ✤ •

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Afasto-me de Christian e ele me coloca no chão, não consigo acreditar em suas palavras... ele está me pedindo para ficar. Levanto a cabeça e ele aproveita para segurar meu rosto, enquanto eu choro baixinho.

— Eu senti a sua falta, eu não pensei que estar longe de você me machucaria tanto, mas machuca, todos os dias. — Diz baixinho. — Por favor, eu estou implorando, não me deixe.

Aperto seu colar na minha mão e apenas lhe encaro antes de colocar o colar no meu bolso. Eu não posso ficar... não posso colocar a vida dele em risco e arruinar tudo, as lágrimas apenas escorrem mais com o pensamento. Encaro esse belo e fodido homem na minha frente, o homem que sempre teve o poder de acabar comigo e que agora, está me pedindo para ficar.

Fecho meus olhos e me aproximo mais dele, entregando-me a toda a saudade que eu senti; beijo-o e rapidamente ele corresponde. Suas mãos envolvem meu corpo enquanto eu o seguro firmemente, beijando-o e despejando todos os meus medos nele. Ele era o único que conseguia me entender e afastar os fantasmas, eu senti tanto a sua falta. Eu não quero deixa-lo, mas não posso ficar... não posso machucá-lo.

Minhas mãos começam a buscar desesperadamente o seu corpo, renunciando todos os medos em prol da saudade que eu senti dele. Ele alcança meu boné e o tira jogando para longe, depois as suas mãos descem até a bainha da minha blusa, arrancando-a sem dificuldades.

Sem afastar os nossos lábios eu escorrego seu paletó pelos seus ombros, depois começo a desabotoar sua camisa de forma desajeitada. Quando finalmente consigo tirar sua camisa, ele se abaixa e segura minhas coxas trazendo-me para seu colo, envolvo as pernas em sua cintura enquanto ele caminha comigo, até me colocar no sofá. Seus beijos continuam, enquanto eu abro seu cinto e a braguilha da sua calça.

Não estamos falando absolutamente nada, mas enquanto o beijo é como se eu estivesse dizendo tudo, deixando todos os meus medos irem embora.

Christian se afasta e me olhando, há um sorriso tão lindo em seu rosto que faz meu coração doer, mas eu consigo sorrir de volta. Ele se aproxima e abre os botões da minha calça, puxando-a e logo me tendo nua, apenas para ele. Encaro-o, ofegante, enquanto ele abaixa sua calça e volta a se encaixar entre as minhas pernas. Gemo alto quando ele entra sem qualquer aviso. Não é como antes, ele não é o meu mestre, é apenas o meu Christian, com movimentos calmos e tão intensos.

Gemo tentando controlar tudo o que sinto, mas é quase impossível. Percorro as unhas pelas suas costas, arranhando-o enquanto ele se move, causando a minha perdição. Depois de tantos anos longe dele, estar aqui é a única coisa que me dá esperança.

Me entrego mais e mais e logo chego ao ápice, com Christian me acompanhando, ele desaba ofegante em cima de mim e eu começo a brincar com seus cabelos.

Christian parece sonolento e isso se torna pior com as caricias que estou fazendo, ele vai fechando os olhos lentamente.

— Ana. — Sussurra baixinho.

— Hm?

— Você não vai me deixar, não é?

— Christian...

— Eu te amo... e quero que esteja aqui quando eu acordar, não me deixe outra vez, eu não saberia suportar isso.

Não consigo responder, seu sono é mais rápido e o tomo, e para ele dormir assim imagino que tenha bebido, mas eu fico observando-o por alguns minutos.

— Eu queria ficar. — Confesso baixinho. — Porque eu te amo, mas é porque eu te amo que eu preciso ir... me desculpe Christian.

Afasto-me com relutância, mas eu preciso fazer isso para ele ficar bem, ficar vivo. Visto-me e checo os bolsos da calça, o cartão de memória e a sua chave ainda estão aqui, olhando para ele e sorrio. Ele está completamente nu sobre o sofá e parece um deus grego. Recolho sua roupa no chão e o visto cuidado, depois de vesti-lo eu vou até a maleta e pego a seringa, injeto no seu pescoço e sei que isso é o suficiente para apaga-lo por horas.