Imperfect Love

• ✤ Deixe as Ondas Batendo ✤ •

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DUAS SEMANAS DEPOIS

SÁBADO, 21 DE JANEIRO

Abro meus olhos lentamente e mordo o lábio ao ver Christian ainda dormindo, todo agarrado ao meu corpo. Me desvencilho dos seus braços com dificuldade e em cerca de três minutos consigo; mas quando vou subir em cima dele, ele abre os olhos e rola na cama, prendendo-me embaixo do seu corpo.

— Não vale. — Faço beicinho e ele ri.

— Você me acordou assim ontem, nós dois caímos, é melhor não arriscar, não acha?

— Não. Aquilo foi legal.

— Não seja tansa.

Faço beicinho novamente, mas ele ignora com um beijo, depois se afasta e me dá as costas. Levanto-me sobre a cama, mas quando vou me aproximar Christian se vira e eu me desequilibro. Caio sobre ele no chão e, ele começa a rir enquanto tenta recuperar o folego pela queda.

Levanto-me um pouco e encaro seu rosto. Ele tem estado com um ótimo humor, e nossos dias têm sido ótimos, isso me deixa muito feliz.

— Mais um dia, mais uma queda. — Christian murmura e suspira. — Minha vida já foi mais equilibrada.

— Eu não posso imaginar isso.

— Nem eu.

Tento me levantar, mas solto um grito quando meu cabelo é puxado para trás. Christian se senta rapidamente e começa a tentar afastar os filhotes dos meus cabelos.

— Eu disse para você trancar a porta do quarto! — Christian diz bravo. — Eles estão embaixo da cama!

— Eu tranquei a porta, você que abriu!

— Eu não abri! Eu nem levantei.

— Levantou sim!

— Anastásia, para de colocar a culpa em mim. Eu nem sai da cama.

— Eu tenho provas! — Murmuro me levantando.

Afasto Fadinha com o pé e saio do quarto, sabendo que Christian está vindo atrás. Paro na sala, ao lado do piano e cruzo meus braços.

— Eu abaixei a tampa do piano ontem à noite, você está tocando, ou seja, você abriu a porta.

— Você... me ouviu tocar?

— Sim, melodramático como sempre! E você me acusou, isso não foi nada justo, Sr. Grey. O que eu vou fazer com você?

Christian arqueia uma das sobrancelhas e me dá uma encarada bem descarada, mas quando vai abrir a boca seu celular começa a tocar. Ele franze a testa e encara o celular em cima do piano.

— Ainda deixou o celular aqui, cara de pau.

Posso ouvi-lo rir quando lhe dou as costas e vou em direção ao quarto, assim que entro e me sento sobre a cama vejo Christian chegar, com um olhar furioso. Ah, não. Fico ouvindo nervosamente a sua conversa com Ross e, pelo visto, acho que ele está com problemas. Lá se foi um grande dia.

Eu não quero estar perto quando ele terminar essa ligação, aposto que seu humor já terá ido embora. Levanto-me rapidamente, mas ao tentar passar por ele, ele segura meu braço. Arregalo os olhos, um pouco apavorada, mas não lhe encaro... não agora.

Fico olhando para o chão, em total silêncio, esperando que ele termine. Então, sua mão solta meu braço e vai para a minha cintura, puxando-me de forma carinhosa contra seu peito. Ele enrijece, e eu relaxo ao inalar seu cheiro. Fecho meus olhos, já mais calma e por fim, ele termina a ligação.