Imperfect Love

• ✤ E Não Há Mais Dor ✤ •

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SEXTA-FEIRA, 22 DE SETEMBRO

Caminho até a porta e quando abro cruzo meus braços ao ver o vice-presidente e todos os seus vinte seguranças ao lado da Agente Keen.

— Você é Anastásia Steele? — O vice-presidente pergunta e eu vejo Marcela sorrir.

— Eu sou.

— Me disseram que você é filha de Carla Steele, e que ela deixou uma informação importante com você.

— Ela deixou, é só entrar.

Ele balança a cabeça e eu dou espaço para todos entrarem, eles vão indo em direção a sala onde meus pais e irmãos estão com Maria, mas a agente Keen para e sorri.

— Fiquei sabendo que seus pais voltaram dos mortos.

— E eu fiquei sabendo que você e os Grey estavam escondendo eles.

— É, acontece.

Marcela pisca para mim e nós começamos a rir, então vamos para a sala, onde toda a minha família encara confusa os homens e a agente Keen. Coloco a fita para eles assistirem e ouvirem tudo o que mamãe tem a dizer, depois disso, meu pai e Paige explicam todos os ocorridos desde a morte dela, até a morte de Jeff.

— Carla era uma antiga amiga minha. — O vice-presidente diz com pesar. — Eu realmente sinto muito que tudo isso tenha acontecido e eu prometo honrá-la e levar o Califórnio para algum lugar seguro. Você sabe onde ele está?

— Eu sei.

— Ana, sua mãe diz ter guardado na sua primeira boneca, mas aquela boneca você destruiu há anos. — Papai diz confuso e eu sorrio.

— Eu não tive uma primeira boneca, papai. Quando eu nasci você e a mamãe me deram a Fadinha, e eu a mamãe chamávamos ela de boneca, a minha primeira boneca. E a minha primeira boneca tinha um ursinho que ela carregava para todos os lados.

Sorrio e caminho até o armário embaixo da escada, puxo a caixa que ainda contém coisas que eram dos cachorros e no meio disso acho o ursinho que fadinha tanto gostava. Volto a sala e puxo a cabeça do urso revelando o pequeno papel dentro, embrulhando em um plástico transparente.

— Sr. Vice-Presidente, aqui você pode encontrar todo o Califórnio que foi fabricado por Lorenzo Costa, e mantê-lo em segurança.

— Você é uma menina esperta, como a sua mãe. Você já pensou em trabalhar para o governo?

Gargalho alto com a sua pergunta e mesmo que eu seja acusada de debochar do vice-presidente, eu continuo rindo, depois paro e balanço a cabeça.

— Apenas saia da minha casa e avise para o governo que a família Steele nunca mais vai fazer trabalhos para vocês.

Ele balança a cabeça, levanta o papel e abre um pequeno sorriso de canto e se vai, com todos os seus homens. Encaro Marcela e ela sorri, encara minha família e depois me olha com carinho.

— Eu tenho que ir agora, eu e uma amiga temos outra pessoa para cuidar e agora eu sei que você está em boas mãos.

— Outra garota? — Pergunto e ela ri.

— Eu a conheci há alguns dias, ela só tem 16 anos e está grávida.

— Ah, meu Deus.

— É, ela me lembra você, fugiu da família para protege-los.

— Bom, então ela tem sorte de ter você.

— E eu espero ter sorte com ela.

— Você vai tarde. Cuide bem dela.