• ✤ Diga Adeus ✤ •

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UM ANO MAIS TARDE...

Papai para o carro em frente à escola e eu lhe encaro, cruzo meus braços e solto um pequeno suspiro.

— Por que você me obriga a fazer isso? Eu não aguento mais mexer com esses códigos. Você disse que me diria por que eu tenho que fazer isso, e você não disse!

— Ana, nós já temos brigado o suficiente. — Papai murmura, exasperado. — Sai do carro e vai para a aula.

— Eu não vou mais fazer isso para você!

— Você vai!

— Não! — Grito e acho que o pego de surpresa. — Eu cansei! Você me faz ficar horas fazendo isso, eu não tenho mais uma vida! Eu não quero! Eu não vou fazer.

Desço do carro, mas meu pai segura meu braço, então todos do pátio começam a nos olhar. Puxo meu braço e dou as costas para o seu chamado, andando entre os alunos.

— Anastásia, pare! — Meu grita, então eu me viro. — Volte já aqui.

— Não! Eu não aguento mais, eu não aguento você, eu não aguento nada disso!

— Já chega! Eu já disse para você...

Antes que meu pai possa terminar de falar, alguém o soca, então ele cambaleia e caia. Olho apavorada, e levo segundos para perceber que foi Gabriel, e ele não está sozinho. Marcos e Tom estão aqui também, olhando com muita raiva para o meu pai que olha de volta, sem entender nada.

— Anastásia, vai para aula! — Gabriela ordena e eu balanço a cabeça. — Vai!

— Mas...

— Ei, ei, ei.

Viro-me e encaro Elliot parar ao meu lado, ele segura meus ombros e me faz virar, tentando me levar para longe.

— Elliot, meu pai, meus irmãos. — Sussurro, agora entre soluços e lágrimas. — Eu...

— Tudo bem, não olha, eles vão se entender. Eu vou tirar você daqui, vem comigo.

Elliot me leva, sem que eu posso dizer mais qualquer coisa, ele empurra um capacete nas minhas mãos e eu lhe encaro subir em sua moto. Olho de longe, para o meu pai e meus irmãos discutindo na frente de toda a escola, então percebo que é demais. Eu não posso lidar com isso. Monto na moto, coloco o capacete e agarro a cintura de Elliot, encosto a cabeça em suas costas e fecho os olhos, ignorando todo o resto.

Elliot arranca, fazendo um barulho alto, mas eu quero apenas ir para longe e é isso que ele faz. Ele começa a pilotar por minutos longos, que me trazem um pouco de paz, e quando eu percebo que os minutos estão se transformando em horas, vejo ele estacionar em frente ao píer.

Desço da moto e tiro a capacete lhe encarando, ele desce e faz o mesmo, então olha em volta.

— Eu sei que você gosta de ficar aqui.

— Obigada, Elliot, mas você não deveria ter me trazido tão longe.

— Ana... eu preciso dizer algo. Por isso eu te trouxe aqui, e eu já não posso mais guardar isso.

— O que? — Sussurro, cheia de preocupação.

— Eu gosto de você.

Puta que pariu!

Tento ir para trás, mas então Elliot me segura e me beija. Eu travo. Então por um momento me deixo esquecer todas os problemas, Christian, Elena... meu pai e seus malditos códigos e me entrego ao beijo de Elliot, mas logo volto a realidade.

Imperfect LoveOnde histórias criam vida. Descubra agora