• ✤ Não Toque Neles ✤ •

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Grace Grey

Carrick vai indo na frente com as crianças e eu termino de estacionar o carro, então desço e vou atrás deles, entro no restaurante japonês e vejo o meu marido já no balcão. Dylan e Happy estão sentados com os gêmeos e eu vou até eles.

— Vovó por que comida japonesa?

— A Ana e o Christian adoram comida japonesa. — Happy responde sorrindo para Dylan.

Dylan faz uma careta, mas não contesta e eu apenas sorrio para eles antes de ir até Carrick. Dylan é igualzinho ao pai quando era garoto, com uma mistura de Katherine, é uma mistura e tanto, mas Dylan é mais fácil de lidar do que os pais. Minha sanidade sempre agradeço por isso.

— Vovó nós podemos ir lá fora um pouco? — Dylan pergunta e eu me viro para ele. — Nós vamos ficar aqui na porta.

— Está bem, mas cuidado com os meninos.

Ele balança a cabeça e se levanta com Happy e os meninos, Dylan segura a mão de Ed enquanto Happy segura a de Ted, observo-os andar até o lado de fora do restaurante e parar em frente à janela de vidro.

— Você não acha que Anastásia está um pouco... pensativa? — Carrick pergunta, ele se apoia no balcão e me encara. — Eu conversei com ela há alguns dias, ela foi bem agressiva.

— Acho que entendo os motivos dela. Depois de tudo, e eu imagino que ela saiba sobre nós.

— Ela sabe... ela sabe de muitas coisas. Eu a questionei sobre os gêmeos serem filhos do Christian.

Arqueio as sobrancelhas em surpresa, nós já desconfiávamos disso, mas eu não imaginei que meu marido fosse questioná-la. Edward e Theodore são a cara de Anastásia quando ela era criança, assim como Christian, é difícil não imaginar que eles não sejam dela e de Christian. Conhecendo Paige como eu conhecia, eu sei que ela não teria outros filhos em momento de risco.

— Ela não confirmou, nem desmentiu.

— Ela não vai dizer nada, hoje enquanto Elliot costurava o machucado eu pude perceber o quanto ela mudou. — Murmuro com muito pesar. — Anastásia era durona, mas morria de medo de agulhas, e eu imagino que Paige a tenha treinado para se proteger depois do que houve com Raymond.

— É realmente uma pena, ela não merecia.

— Não, não merecia.

Carrick suspira e se vira para a atendente novamente e eu prefiro ficar em silencio. Muitas coisas aconteceram nos últimos doze anos, Mia se foi por descuido nosso, Ray e os seus filhos morreram e Ana ficou sozinha por muito tempo, depois perdeu Paige e eu não posso imaginar a sua dor. Eu ainda me lembro de vê-la no hospital, sofrendo tanto para que os meninos ficassem bem... eu pensei que me afastando da Segurança Interna eu estaria protegendo minha família, mas eu acho que não ajudou muito... eles ainda correm risco assim como Anastásia, talvez ela seja a que corra mais risco.

— Não!

O grito de Happy faz meu coração acelerar.

— Mamãe, socorro!

Minha mão automaticamente vai para o cos da minha calça, onde minha arma está; saco-a e corro para o lado de fora onde me assusto ao ver Elena tentando levar Ed e Ted. Desgraçada!

— Fica longe dos meus netos! — Murmuro apontando a arma para ela.

As pessoas estão parando de andar para olhar, Happy está chorando enquanto tenta segurar a mão de Ted, enquanto Elena tem sua mão agarrada no casaco dele. A porta do seu carro está aberta e há alguém lá que eu não conheço.

Imperfect LoveOnde histórias criam vida. Descubra agora