Imperfect Love

• ✤ Fora De Controle ✤ •

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SÁBADO, 29 DE JULHO

Rolo pela cama tentando encontrar algum tipo de espaço, mas é impossível encontrar qualquer mínimo espaço. Desisto! Jogo as cobertas para longe, para cima de Christian, Ed, Ted e até mesmo os três cachorros malucos. Saio da cama e cruzo meus braços encarando todos na cama, eles sequer se mexem, balanço a cabeça e saio do quarto, eu preciso dar um jeito de ter minha cama de volta.

Sento-me no sofá e cruzo meus braços, sentindo-me como uma criança birrenta e sequer entendo todas essas emoções. Já faz dias desde o encontro com Connor e ele não tentou se aproximar, Taylor também não disse absolutamente nada, mas imagino que tenha sido apenas por medo. Eu não queria assustá-lo ou fazê-lo pensar que sua filha se machucaria, mas não posso deixar que ele se meta nesses assuntos, nem ele nem Christian. Quando Christian souber de todas as coisas, ele vai me odiar de qualquer forma. Então eu prefiro que tudo siga da forma que tem que acontecer, é melhor assim.

— Oi, o que você faz acordada?

Semicerro os olhos e giro a cabeça até Christian, ele para e me encara com preocupação.

— O que foi?

— É impossível dormir com todos vocês! — Exclamo gesticulando com as mãos, ele ri e se aproxima. — Não tem graça.

— Tem sim. — Murmura, senta-se ao meu lado e me puxa para seu colo. — Quer expulsar todos de lá?

— Na verdade, eu quero sim. Está na hora de você parar de mimar os meninos.

Christian fica rígido e se afasta um pouco para me olhar, eu sei que ele vai odiar isso, mas nós nunca seremos bons pais se ele disser sim para tudo o que Ed e Ted quiserem fazer. Saio dos seus braços e me levanto, pensando na melhor forma de lhe explicar isso, suspiro e paro de andar de um lado para o outro. Christian levanta a cabeça como um menino pequeno e me encara esperando que eu diga.

— Você não pode dizer sim para tudo o que o Edward e o Theodore quiserem.

— Por que não? — Pergunta cheio de preocupação.

— Eles têm dois anos e mandam na casa, não comem nada do que precisam, fazem o que querem e sequer dormem na própria cama.

— Qual o problema de eles dormirem conosco? Eles são dois bebês.

— Christian!

Não consigo manter a posição séria, minha incredulidade me fez rir, eu não posso acreditar que ouvi isso. Vou até o sofá e me sento, Christian se vira e me encara; ele parece bravo comigo, eu não posso acreditar.

— Eu quero dar a eles tudo o que eu não tive. — Murmura, como se fosso óbvio.

— Onde eu me encaixo nisso?

— O que você quer dizer? Você se encaixa em tudo o que eu faço, você sabe disso.

Deixo outro riso escapar e suspiro.

— Christian, qual foi a última vez que você foi trabalhar?

— Eu trabalho todos os dias, Anastásia.

— Não, você fica em casa brincando com nossos filhos. Faz duas semanas que você não vai para a empresa, a sua empresa. A Ross deve estar maluca sozinha.

— Isso é ridículo. Você está ficando neurótica.

— Neurótica? Eu? Nós estamos falando de você, meu querido. Faz mais de duas semanas que nós sequer transamos, acho que você bateu seu recorde.